40. NATALY 
Acordei um pouco dolorida, o que é normal, não sou mais uma menina e sim uma mulher. Olhei para o lado e não vejo Romero, sinto-me uma qualquer e sem valor, mas afinal, o que esperar de um homem sem sentimentos como o Romero e experiente, que ele se apaixonasse e que me acordasse com um buquê de rosas? Não minto para mim mesma, o meu sonho era esse. Sento-me na cama, queria ao menos ser tratada melhor, vejo o quarto revirado! Como vou sair daqui vestida com a camisa do Romero?
 Achei o meu vestido e o vesti. Ao descer as escadas, Lena me vê e vem andando rápido na minha direção.
 — Senhora Nataly, o senhor Romero pediu que lhe entregasse.
 — O que é isso? — Pergunto.
 — São remédios! — Lena fala e fico completamente corada de vergonha ao saber o que pode ser.
 — Obrigada por me entregar. — Falo sem graça.
 Quando ia para o meu quarto senti-me humilhada por Romero comprar esses remédios para mim, ele pensa que não conheço o meu corpo e que não estudava medicina, encho o copo de ág