POV de Mathilda
Fredric me olhou com cinismo. Por alguma razão, depois que mencionei que minha conversa com Hans não durou muito, ele ficou assim. Está com ciúmes? Não parece possível. A porta do elevador se abriu e ele fez um gesto para que eu entrasse primeiro — bem diferente, considerando que, durante todo o caminho até o quarto onde Paula estava sendo tratada, ele segurou minha mão o tempo todo.
Na verdade, nem mesmo abriu a porta do carro pra mim; simplesmente entrou e sentou. Estranho. Isso não deveria me preocupar, mas não consegui evitar a pergunta: tudo isso está acontecendo porque ele reencontrou Paula, ou porque está irritado comigo? A mudança foi brusca demais.
— Não gostei de ver você conversando com aquele cara. Sabe que estou com raiva agora? — disse Fredric, ligando o motor e me encarando.
Eu não sabia se devia ficar feliz ou assustada com o ciúme dele. Por um lado, era satisfatório, porque finalmente consegui que alguém como Fredric se abalasse por mim; por outro, eu