-- Nosso filho -- Amélia segurou na barriga mais uma vez encarando o rosto de seu amado esperando por alguma centelha de seu amor para ela, mas tudo que via em seus olhos era uma fúria sem fim, ele andou até ela, ela arrastou-se até ele segurando em sua calça, ele a chutou sem nenhuma dor ou piedade o corpo de Amélia foi jogado para trás, o rosto contra o chão as mãos trêmulas, ela não conseguia entender estava grávida era um filho dele, ela não podia matar sua própria prole -- estou grávida é seu filho, por Deus, não faça isso.
Ela virou para a amante para a sua empregada estava atrás dele com, ela sentia a presença dela que um dia havia chamado de amiga a sua risada era cruel a porta havia sido fechada minutos depois, escuridão era tudo que conseguia ver, eles já não estavam mais ali, estava sozinha. Ela dormia e acordava constantemente em seu sonho tudo voltava ao normal, ela acordava em sua cama a empregada corria em sua direção com seu sorriso angelical a ajudava a vestir-se a escolher o vestido ideal para o café com seu esposo, andava pelo palácio apreciando a paisagem, mas então acordava no susto voltando ao seu pesadelo as mãos na barriga sentindo ele ou ela batendo, ele não faria isso, ele não podia manter seu próprio filho. O pesadelo prosseguia, ela não podia saber quanto tempo havia ficado naquele quarto escuro, medo, pânico invadiam o corpo de Amélia, a porta se abriu, ela não teve tempo de correr para lugar nenhum, foi segurada pelo cabelo sabia que era ele seu perfume estava gravado nela, ela queria implorar novamente, mas sua boca foi tampada com a sua mão. Ela foi arrastada com violência pelo corredor, ninguém estava presente para socorrê-la, seu pai e sua mãe já haviam desertado ela de sua família, ela estava sozinha.
-- Seu irmão não está presente para esta reunião -- Amélia foi jogada na frente de conselheiros quatro deles estava em volta dela, conselheiros do Rei, ela manteve a cabeça baixa sentia um frio na espinha e uma sensação muito fraca para poder falar -- deseja continuar sem ele?
-- Desejo -- respondeu Igor ainda segurando os cabelos de Amélia com força -- minha esposa me traiu é pela Lei de nosso clã a morte deve ser sua sentença. Seu coração palpitava, ela arregalava os olhos sem acreditar no que estava acontecendo, não podia falar sabia das leis se falasse sem permissão seria castigada, ela tremia incapaz de acreditar que tudo aquilo estava acontecendo, ele segurava seu cabelo, ela parecia um objeto nas mãos do homem que um dia ela pareceu um prêmio.
-- Alguma testemunha?
Eles nem olhavam para ela, não se importava com o rosto machucado muito menos com as lágrimas que seguiam nos olhos de Amélia para eles nada importava, eles estavam com o rosto entediado enquanto a reunião prosseguia.
-- A empregada íntima de minha esposa -- disse o príncipe apontando para Abigail, ela entrou com o rosto baixo com as mãos juntas uma na outra usava vestes simples o cabelo preso em um coque aproximou-se em silêncio sabendo que só poderia falar quando fosse solicitado -- conte para eles o que me contou.
-- Ela saia a noite majestade para ver um homem escondido, ela dizia para que eu ficasse quieta e jamais falasse nada para ninguém -- Amélia queria ver seu rosto queria gritar, mas as mãos em seus cabelos a impedia sempre que ela dava um único movimento para frente, ele balançava seus cabelos, então ela ficava quieta -- então, ela disse que estava grávida, não pude mais conter essa mentira, tive que contar, ela queria esconder e dizer que era do príncipe é uma traidora. Um choro agudo veio da empregada, ela colocava a mão em seus olhos escondendo seu rosto um choro falso e mentiroso, ela se ajoelhou na frente dos conselheiros e tentava se controlar, mas não havia necessidade de convencer ninguém, pois o conselheiros não se importavam para a verdade.
-- A sentença pela traição é a morte -- respondeu o conselheiro levantando-se em seguida junto com os outros três sem deixar que Amélia se defendesse -- tem o direito de matar sua esposa como desejar.
-- O filho é dele -- gritou Amélia em desespero, ninguém se importou os conselheiros se viraram de costas para ela andando para longe do salão, mas ela continuou a gritar -- eu não o trai eu sou inocente, o filho é dele, estou grávida -- o príncipe a puxou pelo cabelo balançando em seguida, mas Amélia esperava que alguém estivesse ouvindo ela -- o filho é dele.
Mas ninguém correu para socorrê-la, um soco em seu estômago veio em seguida. Os olhos de Igor eram de ódio e diversão enquanto arrastava a sua esposa pelo corredor, empregadas vinham a cena assustadas, mas ninguém tinha coragem de ir contra o príncipe. Ela não sabia para onde estava indo nem como seria morta, ela gritava pelos corredores esperando que alguém vinhece em seu socorro.
-- Cale a boca -- gritou o príncipe balançando o corpo de Amélia para cima e para baixo rosnando em sua direção -- não aguento mais ouvir a sua voz.
Amélia sentiu a ira em sua voz e a força que vinha da linhagem do príncipe a força de um meio Alfa como alguns conhecem, ela sentiu o corpo obedecer a sua vontade deixou que seu corpo fosse arrastado pelos corredores, ela ficou em silêncio enquanto era levada, medo e terror só conseguia pensar em seu filho que jamais veria a luz do dia, ela pensava se pelo menos seu corpo seria entregue a sua família se pelo menos ela poderia ir para casa mesmo morta.
-- O que vai fazer comigo?
Ele parou de andar virou seu rosto na direção de Amelia abaixou para ficar próximo, ela queria ver esperança em seus olhos, mas tudo que via era um rosto cheio de ódio onde ela havia achado amor naquele rosto, tudo que sentia enquanto encarava o rosto de Igor era raiva, pensava em seu filho no ventre, ele não podia, não podia fazer isso, ela queria acreditar que havia amor em algum lugar dele, ela ergue sua mão para segurar o rosto de Igor, mas ele pegou suas mãos apertando com força fazendo Amélia gemer de dor.
--Vou matar você é o meu filho que carrega no ventre.
Amelia gritou, esperneou e tentou correr para longe, ela via mais a frente na frente do palácio o que lhe esperava. O príncipe cortaria sua cabeça na frente do palácio, a sua empregada estava parada sorrindo em sua direção enquanto ela era levada para um palco, ela serviria de atração para todos os empregos. Ninguém se importava com ela, ela era aquela que um dia andou pelos corredores com todos sorrindo e a servindo, mas agora estavam todos de cabeça baixa esperando que sua morte acontecesse.--Por favor -- ela ainda continuava sendo arrastada pelos degraus sendo posicionada com a cabeça na madeira a cesta a sua frente fez com que seu corpo reagisse as mãos em sua barriga, ela gritou para qualquer um que estivesse à sua frente com esperança que alguém ouvisse sua voz -- estou gravida, por favor.Tudo que pensava era em seu filho no ventre, mas já era tarde havia feito a escolha errada sua família sempre esteve certa. Se tivesse ouvido seu pai, se tivesse seguido o plano de seu pai, t
Amélia encarava a porta à sua frente estava sozinha, Abigail já havia se retirado, ela entraria dentro do salão andando até o seu amado. Não havia um sorriso em seu rosto, os cabelos longos estavam soltos, o rosto uma mistura de ódio e braveza, ela esticou o pescoço quando lentamente os portões se abriam. Ele estava parado olhando para ela com um sorriso angelical em sua direção, mas Amélia não compartilhava de sua alegria, ela o encarava com severidade os conselheiros esperavam em pé.Todos, todos os rostos estavam na noiva do príncipe, todos os mesmo rostos que haviam olhado para ela quando estava caminhando para a sua morte. Ela andou pelo salão encarando cada um deles, lembrando a si mesma o que devia fazer, ela parou de frente para o príncipe como a cerimônia exigia. Um dos conselheiros o mesmo que havia a condenado parou ao lado de ambos, ela fechou suas mãos em um punho, ódio invadiu seu rosto, mas fingiu um sorriso na direção de seu amado. -- Que a cerimônia comece -- exclamo
Amélia não conseguia se mover ao mesmo tempo que sentia todo seu corpo calmo e sereno com a presença do Rei, também sentia um medo. Igor tremia com a voz de seu irmão, ele olhava entre Amélia e ele sem entender o que estava acontecendo, os conselheiros ficaram em silêncio sem ousar dizer nenhuma palavra, ninguém ia contra a autoridade do Rei. Todos se ajoelharam logo em seguida quando o seu rugido ecoou pelo local, Amélia com as pernas bambas e com o coração na boca só podia se ajoelhar, Igor fez o mesmo ainda sem compreender o que estava acontecendo.Ela sabia que ele andava em sua direção, ela sentia sua presença vindo, ela só podia manter a cabeça baixa. Tudo que pensava era que estava acontecendo de novo seria morta seu destino não havia mudado, mas agora era o Rei que teria a sua cabeça em uma bandeja, ela só pode colocar a mão em sua barriga, não havia conseguido vingar seu filho. -- Levante-se. Ela não conseguia dizer não o Rei era um puro alfa um homem que ela não podia nega
Amélia não se importava com as palavras do Rei, mas elas ainda estavam sobre a sua cabeça, ajeitava o vestido, enquanto tremia um pouco. Ajeitava o cabelo, o vestido de noiva estava sobre a sua cama, mal conseguia acreditar no que havia acabado de acontecer, mas ela continuava repetindo a si mesma, vingança, ela tinha que continuar a sua vingança. Ela levantou-se, encarou o vestido e as memórias de seu casamento colocou a mão sobre a sua barriga lembrando a si mesma que já não tinha mais nada ali, ele estava morto. Quando a porta bateu, um sorriso malicioso tocou os lábios de Amélia.-- Entre. Abigail entrou rapidamente fechando a porta em seguida seu rosto ainda estava transtornado pelo que havia acabado de presenciar, mas tinha que manter as aparências em frente de Amélia, ela abaixou a cabeça em silêncio.-- Mandou me chamar Senhora -- sua voz vacilou um pouco, Amélia havia notado, o vestido ainda estava sobre a sua cama, ela o tocava enquanto sorria -- senhora, o príncipe está mui
-- Preciso falar com o senhor em particular -- disse Amélia em um sussurro sem olhar na direção dos conselheiros, ela sentia o olhar de cada um deles encarando ela, o Rei encarou seu rosto confuso, sabia que havia algo errado, mas não conseguia distinguir o que poderia ser -- é algo que envolve uma conspiração contra o senhor.-- Uma conspiração -- a voz fez com que Amélia tremece no mesmo instante, ela jamais esqueceria a voz daquele que a condenara seu filho e ela a morte, ela colocou a mão em sua barriga, o pânico dominava seu corpo novamente -- veio trazer ao Rei falsas conspirações?-- Meu Rei... Amélia não conseguia concluir o conselheiro andava em sua direção era como se ela estivesse revivendo a cena novamente, mãos amarradas, o bêbe, meu bêbe, ele matou meu bêbe, repetia ela em sua mente, andou para trás colocando as mãos sobre a barriga, ela não deixaria que tocasse nela de novo.-- O que está acontecendo? -- o Rei se aproximou levantando a mão na direção de Amélia, mas ela
Os conselheiros saíram do salão oval em silêncio e o conselheiro chefe dispensou os outros para seguirem seu caminho. Ele andou pelos corredores aflitos, sentia em Amélia um espírito rebelde que o incomodava, ele seguiu de volta pelo salão oval, tinha decidido que deveria confrontar o Rei. Seu sobretudo arrastava pelo chão, sabedoria era o que os conselheiros carregavam como seu sobrenome. Por longos tempos, eles cuidavam de Reis, mas este em particular incomodava o conselheiro, era rebelde, dificilmente escutava-o, ele preferia que o segundo irmão assumisse, mas na disputa entre ambos pelo trono, o segundo irmão não venceu a batalha, assim assumiu aquele em que os conselheiros menos aprovaram tornando-se o Alpha supremo.-- Voltou -- a voz do Rei era sarcástica, algo que o conselheiro já estava acostumado em seu Rei -- não me lembro de ter lhe convocado.-- Vim por minha própria vontade, Majestade -- o conselheiro se aproximou ajoelhou-se de frente para o Rei em clemência -- necessit
Amélia acordou assustada aquela noite o seu corpo tremia suas mãos mal conseguiam se mover, mas ela colocou a mão sobre seu pescoço, bateu em seu rosto duas vezes. Viva, ela dizia a si mesma, ainda estava viva, era tudo um pesadelo, ela colocou novamente a mão sobre sua barriga, queria esquecer aquele dia, mas também tinha medo de esquecer por completo, ela decidirá que o único caminho a seguir era o da vingança. Ela tirou os lençois de seu corpo, não conseguia mais dormir pegou o casaco em seu guarda roupa e saiu porta a fora.Não sabia ao certo para onde devia andar, mas o ar fresco que vinha do jardim aliviava o pesadelo e os gritos dela em seu sonho. Ela andava se arrastando segurando na parede quando tocou os pés na grama, deixou que seu corpo caísse ao chão, medo, ela tinha medo. A brisa e a lua fazia com que seu corpo relaxasse ela podia sentir que estava revigorada pela luz que vinha da lua que brilhava intensamente naquela noite. Mas então ela sentiu a presença, seu corpo enr
Amélia não sabia o que devia responder ainda olhava para um lado e para o outro à procura de David, ela não conseguia responder, porque lá no fundo em algum lugar de seu coração, ela sentia, sentia alguma coisa por ele. Era a lembrança em sua garganta, a dor que vinha de dentro dela do filho que não havia nascido que lembrava a ela de sua vingança, mas ele fora seu marido, o homem que desejou todas as noites, ela não poderia odiar ele como ela queria, mas ela o fazia.-- O levou para onde? -- Responda a minha pergunta -- o Rei deu um passo para frente, assustada, Amélia andou para trás -- ainda o ama? Ainda o quer depois de tudo?-- Não interessa o que desejo -- Amélia ignorou as mãos trêmulas e a voz vacilante continuou falando com toda raiva que estava dentro dela -- não interessa, você não sabe de nada -- ela colocou a mão sobre sua barriga -- não sabe de nada.-- Então conte-me o que deseja, conte-me o que quer, tudo, tudo será seu, o que desejar, peça-me. Amélia levantou sua cab