Sophie Narrando
Acordar ao lado de Ethan, envolta em lençóis alvos e na serenidade do campo, parecia um sonho que eu não queria despertar. Os primeiros raios do sol atravessavam as frestas das janelas de madeira, e o cheiro de terra molhada misturado ao aroma de café recém-passado invadia o quarto com delicadeza. Era assim que começávamos nossos dias no sítio: entre beijos lentos, sorrisos cúmplices e caminhadas matinais por trilhas estreitas ladeadas por árvores frondosas.
— Dormiu bem, minha esposa? — perguntou Ethan certa manhã, me puxando para mais perto de seu peito nu.
— Dormi como nunca — respondi, depositando um beijo em sua clavícula. — Este lugar parece ter sido feito para nós dois.
Durante os treze dias que passamos ali, pude experimentar o que, para mim, é a definição de felicidade plena. Estávamos afastados do mundo, do barulho, das exigências da cidade. Havia apenas nós dois, as árvores balançando suavemente com o vento, o cheiro do mato e o som dos pássaros que nos sau