Flora Narrando
Meu pai se sentou à minha frente, cruzando os braços, ainda com a expressão cerrada.
— Você vai querer que eu me envolva mais diretamente nesse projeto? — ele perguntou, direto ao ponto, como sempre.
— Não é necessário, pai. Eu já acionei o jurídico. A equipe vai analisar todos os contratos e cláusulas envolvidas na obra. Se Nicolai tentar desviar um centímetro daquilo que assinou, vai responder legalmente — respondi, caminhando até o Frigobar e servindo dois copos d’água. Entreguei um a ele antes de me sentar.
— Ainda assim, vou até o canteiro amanhã. Quero ver pessoalmente como as coisas estão andando.
— Ótimo — concordei, ajeitando um documento sobre a mesa. — Eu adoraria ir com o Senhor, mas tenho uma reunião importantíssima em dez minutos com o Conselho Administrativo. Não posso remarcar. Mas deixei todos os relatórios atualizados, e o Evan vai te acompanhar.
— Esse engenheiro, ele tem postura. Manteve a calma mesmo com o Nicolai tentando desestabilizá-lo. Gosto d