Flora Narrando
O beijo aconteceu como um incêndio que ninguém tentou apagar.
Não houve hesitação, nem medo, apenas desejo cru, urgente, queimando como uma faísca em palha seca. Quando Evan me encostou naquela parede fria da obra, senti um choque de contraste: o concreto áspero atrás de mim e o calor dele pressionando meu corpo à frente. Meus saltos cravaram no chão de cimento, mas nada em mim vacilou. Pelo contrário.
Eu queria aquilo. Estava provocando e, finalmente, ele cedeu.
A boca dele era exigente, intensa, sem paciência para jogos. E eu adorei cada segundo. Meus dedos apertaram os músculos dos ombros dele, e um gemido baixo escapou da minha garganta quando ele pressionou minha cintura contra seu corpo forte, já duro e quente.
— Você não devia estar fazendo isso — ele sussurrou entre um beijo e outro, mas não parou.
— Mas está fazendo — rebati, mordendo seu lábio inferior com leveza.
Ele me fitou como se fosse perder o controle a qualquer momento. E eu estava contando exatamente