Flora Narrando
O casamento da Luna foi digno de revista. Tudo estava perfeito do vestido ao bufê, da decoração impecável às lágrimas da nossa mãe no altar. Eu não chorei, obviamente. Não porque não me emocionei, mas porque me recuso a borrar maquiagem de quinze passos.
A cerimônia foi bonita. Sincera. Intensa. Luna irradiava felicidade como se fosse feita de luz, e eu fiquei orgulhosa dela. Da força, da leveza, da escolha. Marcos pode não ser o homem mais interessante da festa, mas ama minha irmã do jeito que ela precisa. E isso já é muito.
No salão, fui cercada por gente o tempo inteiro. Parentes, fornecedores, advogados, investidores, todo mundo achando que um casamento é lugar ideal pra negócios. Talvez seja. Mas essa noite eu não estava ali como CEO. Estava ali como Flora, irmã da noiva.
— Flora — ouvi uma voz familiar atrás de mim, e quando virei, meus olhos encontraram Nicolai.
Claro que ele estava ali. Ele sempre está.
Não respondi, só o encarei com cara de poucos amigos.
Ele