Giorgia encarou Falcão Negro .
- Quanto tempo estou aqui?
- Dois dias... achamos que não ia sobreviver - Falcão sentou no banco ao lado da cama - Como se sente hoje?
Giorgia se sentou devagar. Na outra vida não conheceu Falcão, somente suas histórias e de como era temido. Mas agora ali, cara a cara com ele, não tinha medo algum, sabia que assim como ela, ele estava tentando sobreviver.
- Viva... é o suficiente. Onde estou? No seu navio?
- Sim, estamos em auto-mar.
- Porque em auto-mar? - franziu o cenho - está me sequestrando? Você foi o mandante do ataque?
- Meu Deus! Quantas perguntas! - Falcão coçou a barba grisalha perdido - estava pronto para lidar com uma mulher desesperada que perdeu o filho e quase foi sequestrada por bandidos gritando e chorando!
- Pare de conversa fiada e me diga o que pretende! - Giorgia exigiu cruzando os braços. Estava dilacerada por ter perdido seu bebê, mas era uma dor só sua, de mais ninguém!
- Minha filha me pediu para ficar de olho