Gio estava confortavelmente sentada em sua varanda olhando para o discreto jardim a sua frente. Ao seu lado, o chá tão caprichosamente servido por sua criada estava frio, esquecido. Como ela se sentia. O sol estava se pondo e com ele seu bom humor, que oscilava o dia inteiro. Tinha plena consciência do quanto estava instável, mas pouco se importava. Pro inferno com todas as boas intenções... agora seus inimigos riam dela, e ela estava sozinha, morta por dentro e com ódio do mundo.- Dália! - gritou o nome da criada pessoal. Logo a moça apareceu de cabeça baixa e mãos trêmulas. Tinha medo de sua senhora.Gio preferia assim, melhor do que pena que via no olhar das pessoas depois da primeira briga com o marido. Todos sabiam como ele era. Todos a enganaram. Ainda hoje, depois de dez anos, ainda podia sentir o gosto de sangue na boca. Balançou a cabeça para fazer as lembranças sumirem e encarou a jovem - Peça a Rosi que me faça um caldo pra o jantar, estou sem apetite e quero dormir cedo..
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