Leyla Ylmaz
O cheiro de fumaça ainda parecia estar impregnado nas minhas narinas quando acordei. Meus olhos piscaram algumas vezes, ajustando-se à luz suave do quarto de hospital. Meu corpo estava pesado, mas, para minha surpresa, não sentia dor. Ao meu lado, Ferman estava sentado, com o semblante sério e preocupado. Assim que percebeu que eu havia despertado, ele segurou minha mão com força, como se quisesse garantir que eu estava mesmo ali.
— Leyla... — Ele sussurrou meu nome com uma mistura de alívio e desespero. — Graças a Deus você está bem.
Eu tentei falar, mas minha garganta estava seca, e apenas um som rouco saiu. Ele percebeu e me ajudou a beber um pouco de água. Cada gole parecia aliviar não apenas meu corpo, mas também a confusão que borbulhava na minha mente.
— O que aconteceu? — perguntei, finalmente conseguindo formar as palavras.
Ferman suspirou profundamente, como se não quisesse me sobrecarregar.
— Houve uma explosão no seu escritório, Leyla. Uma bomba foi