Um casamento que decidirá o rumo da máfia mais poderosa da Itália. Ele tem tudo, mas o tudo não é suficiente. Ele pode escolher qualquer uma, mas qualquer uma, não é Ela. Com a perda do pai, Matteo Romano assume a cadeira de Capo da máfia italiana, se vendo obrigado a tomar uma esposa para se sentar ao seu lado, o problema é que a mulher que ele quer, está casada e muito bem-casada. Vítima da cobiça e inveja de inimigas que ela nem sabia que tinha, Lyra cai em uma armadilha muito bem arquitetada para destruir sua vida e acabar com sua família. Sedenta por vingança, ela irá buscar apoio na boca do lobo. Uma trama cheia de reviravoltas e muita paixão aquecerá seu coração a cada capítulo lido. #Atenção! Este é um livro de máfia, com cenas de violências. Abuso sexual.
Ler maisMatteo Romano
(13 anos antes)
_ Vá – Papai ordena. Meu coração naquele momento já estava estrangulado dentro do peito. A mulher olha pra mim, me avaliando com um sorrisinho safado, enquanto eu me esforçava para não deixar ninguém perceber o meu pânico. Não sei o que papa seria capaz de fazer se descobrisse que seu filho mais velho, que adorava exibir como troféu, estava tremendo como um frouxo.
O pior é que eu já tinha idade. Já tinha quatorze anos e nada. Papai dizia que tinha perdido a virgindade dele com onze e que com sete, seu pai já o levava para os cabarés. Era por isso que desde pequeno eu sempre o acompanhava naqueles lugares.
Confirmei com a cabeça e levantei sério. Não sabia bem que cara meu pai esperava de mim, mas com certeza não devia ser a cara de morte que estava exibindo. Eu estava suando por baixo das roupas. Se eu não conseguisse, a surra em casa seria garantida, mas o pior não era isso. A última mulher com quem não tinha consegui nem mesmo ficar duro, ele mandou matar e depois jogou na minha cara, dizendo que a culpa era minha. Minha incompetência.
Segui a mulher já certo de que não conseguiria nada. A mulher com certeza tinha mandado separar outra garota jovem. Papa exigia sempre uma virgem. Acho que é porque tinha medo de que as mais experientes fizessem chacotas, ou bancassem as espertas. Quem sabe o que realmente se passava em sua cabeça.
A medida que subíamos as escadas, meu paü encolhia cada vez mais dentro das calças. Eu estava ferrado. Entrei no quarto e vi a garota vestida em uma lingerie branca transparente. Ela tinha os cabelos castanhos e a pele morena. Não era europeia, acho que era uma latina. Ela devia ser uns dois anos mais velha do que eu.
Olhei para aquela menina e tudo o que eu pensava era que se eu não conseguisse, ela morreria.
Acho que eu estava verde. Meu estômago estava revirado e minhas pernas bambas. Eu mal conseguia respirar. Eu queria estar em qualquer lugar, menos ali.
Ela também não parecia melhor do que eu. Dei um passo em sua direção e ela recuou dois. Eu precisava fazer aquilo. Era tudo o que eu repetia a mim mesmo, então caminhei na direção dela.
_ Você não pode fugir – Falei a ela, mas nem sei se ela me entendia. Da última vez, tinha tentado beber para relaxar e a situação só piorou.
_ Você me entende? – Pergunto mantendo as mãos abertas, tentando não a assustar ainda mais e ela corre em direção a porta. Eu a seguro em um pulo rápido. Se ela saísse correndo, sua morte seria certa. Meu pai jamais permitiria que saísse viva dali.
Eu a segurei pela cintura, a impedindo de alcançar a porta e ela começou a se debater como uma selvagem. Eu era magro, mas bem mais alto e mais forte que ela.
_ Fica quieta – Pedi a jogando na cama. Ela enfiou o tapa na minha cara e chutou os meus testículos. Caí no chão me encolhendo por causa da dor, ela novamente correu em direção a porta.
Mesmo com a dor demoníaca que estava sentindo, consegui a segurar pela perna, a derrubando no chão. Ela voltou a me chutar e eu já nem sabia como estava a minha cara.
_ Quieta – Exigi segurando seus pulsos com força, imobilizando seu corpo com o meu e naquele momento a mágica aconteceu. Ele ganhou força de forma inesperada.
Alívio, euforia e excitação me dominaram naquele momento e meu sangue ferveu, mas logo meu ânimo foi confundido pelo choro dela. Presa em meus braços, incapaz de se mover, eu só precisaria puxar sua calcinha minúscula e me encaixar entre as pernas dela e finalmente conseguiria mostrar para o meu pai que eu era capaz.
_ Não vai doer – Eu menti. Eu não tinha a menor ideia do que ela iria sentir. Já tinha ouvido dizer que a primeira vez das mulheres doía, mas não tinha certeza disso.
_ tienes calma – Falei em espanhol. Eu não era la muito bom no idioma, mas arrisquei ainda assim. Isso não a acalmou muito. Ela continuou tentando se soltar, enquanto chorava miseravelmente.
De tudo aquilo, o que mais me surpreendeu foi o fato de meu membrö se mostrar cada vez mais aceso. Que porrä era aquela?
_ Shiii... – Pedi subindo a mão em busca da calcinha dela.
_ Por favor. Déjame ir – Ela pediu em um choro de partir a alma – Por favor... por favor... le ruego.
_ Mira... non puedo dejarte ir. (olha, eu não posso te deixar ir) – Expliquei realmente comovido.
_ Por favor... por favor... Te ruego.
_ Tu non sera capaz di scappare (Você não será capaz de fugir).
_ Lo puedo – Seus olhos brilharam ansiosos – Dejame escapar por la ventana.
Eu não sei o que se passou pela minha cabeça. Soltei ela e senti um alívio inexplicável. Mais uma vez eu não tinha conseguido fazer o que precisava fazer, mas era por um bom motivo.
Ela levantou apressada e correu para a janela, enquanto eu olhava por onde ela poderia descer, ela já tinha atravessado as grades e grudando na coluna deslizou com habilidade até o chão. Ela era muito rápida e muito habilidosa, mas nossa alegria durou pouco, pois logo dois seguranças do prédio a pegaram pelos cabelos e a arrastaram de volta para o prédio.
Eu ainda estava olhando pra ela, quando papa entrou no quarto e desceu a mão na minha cara com força.
_ Tragam ela e segurem ele. Parece que ele precisa ver como é que se fode uma puta.
Quando tudo aquilo acabou, minha cabeça estava destruída. Eu não conseguia nem olhar para a garota que persistia chorando sobre a cama. Nem pra ela, nem pra ele. Dela eu sentia pena, dele, nojo.
_ Está vendo Matteo – Ele apontou para a garota jogada – Ela não está morta – Ele fechou o zíper da calça e me puxou para fora do quarto – Essa é a última vez que me faz passar vergonha, seu cretinö.
23 anos depois _ Só me mostra quem foi? – Beatriz exige a prima mais nova, possuída de raiva. _ O de camisa branca – Aurora responde constrangida – Por favor, não faz nada, só vamos embora... _ Fica aqui – Beatriz se solta da prima que insistia em segurá-la e caminha até o aglomerados de garotos em volta de um carro esportivo de luxo. Era noite e como sempre naquele horário, o pátio da faculdade estava cheio de garotos idiotäs exibindo seus carros, bebendo, contando lorotas e paquerando garotas. _ Então é você o babac@ que saiu com a minha prima e depois espalhou pra todo mundo? – Ela encara o grupo de cinco rapazes altos e fortes, sem se deixar intimidar. _ Está falando comigo? – O rapaz de camiseta branca e calça jeans pergunta voltando sua atenção pra ela. O descaso com que ele olhou pra ela e fez a pergunta terminou de enfurece-la. Beatriz se considerava uma mulher calma, educada e realmente gentil, mas com aquele tipo de pessoa ela não tinha qualquer tolerância.
Matteo Romano Janne tinha sérios problemas com seus traumas do passado. Segundo o endocrinologista, ela tinha predisposição para engordar e hipotireoidismo, o que só complicava um pouco mais as coisas, então me pergunto, o que ela passou na casa de seus tios para ficar tão magra. Só de pensar, sinto raiva por não ter estrangulado seu malditö primo. Tentei ajuda-la de algumas maneiras, mas não queria que isso parecesse forçado, pois poderia piorar suas preocupações. Eu não tinha medo de que engordasse, mas não suportava ver como ela se olhava no espelho. Parecia sempre magoada e insatisfeita e isso facilmente derrubava o seu humor. Ajoelhei diante dela e beijei sua barriga. Sei o quanto estava sendo egoísta em estar tão feliz naquele momento. O médico falou que gravidez gemelar, por si só já oferecia riscos, associado aos medos dela e a sua deficiência de hormônio, tudo se tornava ainda mais complicado, mas eu não podia evitar. Eram meus filhos que ela estava esperando, cara
Janne Romano(Cinco meses depois) Olho para o espelho terrivelmente chateada ao ver que já não entro mais em meus vestidos. Por mais que eu tente, já estou usando quarenta e dois. Aquilo me aborrece intimamente. Eu precisava admitir que estava exagerando nas massas e nos doces. Não dava para ficar comendo tudo o que aparecia pela frente enquanto meu marido a cada dia que passava continuava com o abdome trincado._ Que carinha é essa bambina? – Matteo pergunta assim que sai do banho com a toalha ainda presa nos quadris._ Eu estou engordando – Admito decepcionada._ Você está cada dia mais gostosa._ Matteo – Eu o repreendo irritada. Era por causa de suas conversas que eu me acomodava – Acabou. A partir de hoje só vou comer saladas._ Só precisa levar os treinos mais a sério._ Quanto mais eu treino, mais fome eu sinto._ Então vamos recontratar a nutricionista que você dispensou. _ Sim – Concordo decidida e ele segura o meu rosto beijando a minha boca ainda sorrindo._ Isso
Matteo Romano Como era o esperado, ficamos hospedados na mansão Caccini. Luigi ficou encarregado da segurança do local e todos os funcionários contratados para o evento foram revistados. Luigi era muito eficiente quando o assunto era segurança. Ele tinha um faro fino para encontrar qualquer irregularidade. Janne, Giorgina e Diana aproveitaram a tarde para passearem por Roma e fazerem compras, já nona foi visitar sua irmã, tia Bastiana. Fabrizio e eu passamos o restante da tarde reunidos no escritório da mansão, reavaliando a certidão de casamento do velho Caccini que tinha deixado sua esposa sem direito a absolutamente nada por causa do casamento com separação total de bem. Da mesma forma que meu pai fez com Geovana. No nosso mundo, isso era muito comum, pois era uma forma de garantir a fidelidade da esposa, o que era um tanto redundante, já que traição nunca terminava bem. Quando a mulher não morria, fugia sem direito a nada._ No seu caso, o casamento será com comunhã
Matteo Romano_ Puxa – Janne reclama sem paciência, enquanto eu tento subir o zíper de seu vestido. Já estávamos atrasados para o jantar e aquele era o terceiro vestido que ela tentava vestir._ Eu não vou – Ela bufa furiosa – Nenhuma roupa me serve – Reclama._ Tem uma infinidade de vestidos aqui. Com certeza vai encontrar algo que fique bom._ Não. Eu queria esse – Reclama inconformada._ Queria esse, mas ignora o cardápio da nutricionista. É meio ilógico._ Por favor amor – Ela choraminga sentando na cama._ Não faz esse biquinho. Você está linda. Escolha outra roupa._ Você acha mesmo? Eu acho que estou engordando._ Gorda ou magra, você é a minha bambina comilona._ Matteo... – Ela chia brava, mas não resisto a provocação. Ela realmente era uma fofura mesmo com o rostinho mais cheio e os quadris mais largos. Meu celular toca. Eu atendo e deixo Janne brigando com os vestidos. O casamento de Fabrizio não foi uma ideia apreciada pelo restante da família, o que já era esperad
Janne Romano Matteo e eu aproveitamos a sala VIP para mais uma rodada, desta vez comigo sentada no colo dele. Não sei se era o lugar, a música ou a bebida, mas foi intenso, avassalador, diferente de todas as outras vezes. Simplesmente perfeito. Antes de deixarmos a boate, passei na festinha de Dulce para me despedir, mas ela estava trilouca, dançando no colo de um dos strippers. Dulce era fogo. Desisti da despedida e deixei a boate com Matteo na minha cola. No dia seguinte, acordei tarde e para variar, Matteo já não estava na cama. Desde que tínhamos nos casado, eu nunca tinha visto ele levantar. Ele realmente levava a sérios seus treinos matinais. Quando desci para o café da manhã, me dei conta de que já era quase o horário do almoço, então decidi aguardar._ Para a dona da casa, você é muito despreocupada – Reclamou nona atrás de mim._ Não vamos ter nenhuma ocasião especial nona – Me defendi dando um passeio na cozinha._ Ainda não aprendeu a fazer os pratos favorito
Último capítulo