**Manu narrando**
Fiz minhas higienes e entrei no carro de Felipe para mais uma consulta. Já estou com dois meses.
Não é nada fácil aceitar essa criança. Aceitar que estou grávida de um bandido, aceitar que minha vida era uma farsa e que meus pais estão pouco se lixando para mim.
— Eu vou procurar vaga pra estacionar o carro. — ele falou sem me olhar.
— Irei ficar sozinha aqui?
— Vai, deixa de caozada porra! Só uns minutos, ninguém vai te comer não. — saiu reclamando e eu suspirei irritada.
Ele era um bruto, nem sei onde fui me meter.
Fiquei esperando impaciente, me olhei no retrovisor e arrumei meus cabelos.
— Pronto, bora. — ele chegou com uma garrafa de água em mãos.
— Toma. — me ofereceu, neguei.
Ele revirou os olhos e me deu a água.
— Eu não quero, cara. — bufei irritada.
— A médica disse que você tem que se hidratar! Bebe isso, Manuela.
O olhei com ódio e bebi a água, estava com sede, só não queria aceitar.
Fomos para a consulta, a médica foi super amável comigo. Me