Manuela
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Acordei suando frio, com pesadelos envolvendo minha mãe. Felipe, ao notar meu desconforto, perguntou com preocupação se estava tudo bem.
— Está tudo bem, amor? — Ele murmurou, com voz sonolenta.
— Sim, Lipe. — Respondi, tentando acalmar meu coração acelerado. — Podemos voltar a dormir.
Ele apenas assentiu, me abraçou, e eu consegui pegar no sono novamente. Cerca de uma hora depois, acordei passando mal de fato. Minha barriga doía intensamente, e senti contrações irregulares. Meu coração batia mais rápido, e eu sabia que era a hora da minha princesa vir ao mundo.
— O que foi, Manu? Eu te machuquei? — Felipe perguntou, visivelmente preocupado, enquanto se sentava na cama ao meu lado.
— Não, Felipe. Eu acho que nossa filha vai nascer. — Minha voz denunciava o nervosismo.
Ele saltou da cama, visivelmente atordoado, e corria a mão pelos cabelos, sem saber como reagir. Flávia, que dormia no quarto ao lado, rapidamente apareceu para ajudar, pegando a bolsa de maternidade que já esta