118. Vou te chamar do que você quiser…
Afastou-se do homem e virou-se para olhá-lo, sabia que reagiria mal, principalmente pelo que estava para acontecer entre eles e não aconteceu.
- Sou Morgan - assegurou - Agradeceria se não usasse o nome que me foi atribuído ao nascer, não me sinto identificado com nome de mulher.
Sim, claro, ele sabia que isso era muito estranho para ele e difícil de aceitar, mas como havia decidido falar, contaria toda a verdade.
Miller ainda não conseguia superar o choque que tal revelação lhe causara, embora agora entendesse por que sentia aquele tipo de apego pelo jovem, ainda que o confundisse com outro tipo de amor.
Foi o amor filial que o fez querer protegê-lo. Ele o chamaria do que quisesse. Ele finalmente encontrou a pessoa que estava procurando por todo esse tempo.
-Chamo-te como quiseres…- respondeu ele, abraçando novamente o jovem sem que ele pudesse evitar ou melhor, sem que ele quisesse recusar.
- Eu queria me vingar de você desde que me lembro, por ter matado meus pais e depois me vendi