Capítulo 23
Maria Luíza Duarte
Assim que entramos em casa, Alexei ficava ajustando seu smoking em mim, claramente preocupado com o que apareceria. Ele me olhava de jeito estranho, eu o via com raiva, mas poderia jurar que seus olhos mentiram e ele estava preocupado com algo.
“Será que vamos continuar de onde paramos?“ — Pensei enquanto o olhava de soslaio. Como é ser uma mulher casada? A minha mãe nunca quis me explicar direito, só falou um pouco com a Duda que ela me contou poucos detalhes, mas não pra mim. Agora não sei o que fazer, não sei o que um homem poderia fazer comigo ou não e isso me assusta.
Os corredores ecoaram o som dos passos apressados dos soldados e não entendi aquele barulho tão tarde. Mas foi quando avistei aquela mulher que havia estragado a minha primeira noite de casada, sendo conduzida pela entrada lateral, que meu sangue gelou.
Ela estava desarmada, com os pulsos firmemente amarrados, a cabeça baixa — um toque de arrependimento ou apenas medo?