Capítulo 315
Hassan
Levei Aziza até um dos salões menores do palácio, um espaço isolado onde ninguém nos ouviria. O silêncio era pesado, denso como o calor do deserto antes de uma tempestade.
Fechei a porta com um movimento firme e me virei para encará-la. Ela estava tensa, mas tentou manter a postura arrogante, como se ainda tivesse algum controle sobre a situação.
— Agora me diga, Aziza... Por que está tentando envenenar a mente de Tatiana?
Ela franziu o cenho, fingindo indignação.
— Eu? Envenenar? Hassan, eu apenas...
— Não me tome por idiota! — cortei, minha paciência se esgotando. Dei um passo à frente, e ela recuou instintivamente. — Eu vi a forma como falou com ela. Vi o seu olhar, seu tom. Você não estava apenas conversando. Estava tentando plantar dúvidas, desestabilizá-la.
— Não é verdade! — ela protestou, tentando manter a voz firme.
— Não minta para mim, Aziza! — gritei, porque a minha paciência estava chegando ao limite. Ela estremeceu, mas seguiu