Eu explico tudo o que aconteceu, informando que Killey está bem e que conseguimos salvá-lo de uma investida inimiga. Mas, ao invés de alívio, vejo apenas impaciência no rosto dela.
— E o Dentuço? — ela insiste, incisiva.
Solto um suspiro, tão frustrado quanto ela.
— Fugiu.
Vejo seus olhos se estreitarem, sua mandíbula se contrair. Também estou puto com essa situação, mas agora não adianta remoer isso.
— Precisamos nos reagrupar e continuar a missão — sugiro.
Ela não responde imediatamente. Em vez disso, muda o foco.
— E seu amigo Netlinker?
— Ele está bem.
Mas sei que não é isso que ela quer ouvir. Ela me encara e ordena:
— Então chama ele. Quero que comece a analisar esses datachips e tente quebrar as criptografias enquanto eu cuido do resto.
— Certo, vou chamá-lo.
Pego o rádio e faço a chamada sem hesitar. Enquanto espero resposta, noto que Kira mexe em algumas caixinhas cheias de datachips e me entrega e sua atenção logo se volta para o rio.
— Jair, vou seguir pelo rio