Ponto de vista de Kira
Meses Depois
O Cartel dos El-Niños não respondeu com palavras. Respondeu com ataques. Tentativas de invasão, sabotagens no mercado nėgro, e até mesmo uma bomba enviada camuflada como suprimentos médicos. Calisto perdeu um de seus generais na explosão. Ela não chorou. Apenas moveu outra peça.
Durante meses, o conflito se acirrou. Foi uma guerra fria e suja, travada nas sombras, entre portos clandestinos e fronteiras esquecidas. A cada missão, eu aprendia mais sobre mim mesma — e sobre eles. O Cartel dos El-Niños não era apenas crụel. Era sistemático. Estruturado como uma hidra. Cortávamos uma cabeça, e duas brotavam. Mas eu era mais paciente que eles. E muito mais letal.
A próxima operação visava algo maior: uma instalação de porte médio, escondida numa zona pantanosa ao sul da antiga fronteira amazônica. Uma fábrica de drọgas sintéticas. Ali, meninos e meninas eram usados como cobaias para novas substâncias de controle neural, drogas que convertiam dor em ob