Capítulo 5

Capítulo 5

Sara

Um mês depois…

Minha vida desde que comecei a trabalhar para o senhor Henrique Ferreira tem sido bem agitada. Eu sempre fui tímida, sem amigos e gorda, quase uma tragédia ambulante, mas a meu modo sou feliz. Depois que comecei a trabalhar aqui, minha vida mudou radicalmente.

Conheci Amely e Maria Eduarda, as quais se tornaram minhas amigas. Passei até a me sentir melhor com meu corpo e me amar mais por causa delas. Meu chefe é lindo e a cada dia fico mais impressionada com sua beleza e carisma, porém o que tem de lindo tem de cafajeste.

Vira e mexe, eu tenho que colocar as suas “namoradas” para correr da empresa: elas vivem vindo aqui atrás dele. Ele tem pavor de mulher grudenta e todas com quem ele fica sempre vêm procurá-lo no outro dia ou ligam para falar com ele e eu tenho que inventar mentiras para se livrar de todas delas.

Recordo-me como se fosse hoje o dia que o peguei fodendo uma loira em sua sala. Um cliente havia me ligado para informar que um dos provedores de internet estava com problema, deixando todo o seu trabalho comprometido e que Henrique precisava, com urgência, resolver o tal problema.

Liguei diretamente para a sala do meu chefe para avisá-lo do ocorrido, porém, ele não atendia. Eu sabia que ele estava com uma mulher em sua sala, eu mesmo a havia atendido e permitido sua entrada na sala dele, contudo, o que ele me disse era que se tratava de uma cliente e eles tinham marcado uma reunião de última hora.

Eu, a boba e inocente que sou, acreditando em suas palavras e achando se tratar realmente de uma reunião, me encaminhei para a sala do meu chefe e entrei sem bater. Foi a pior coisa que eu poderia ter feito na vida, a cena que vi diante dos meus olhos me fez arregalá-los de tal forma que pensei que eles pulariam para fora do meu rosto. Henrique estava por trás da mulher enquanto ela estava debruçada em sua mesa sendo fodida ferozmente por ele.

Ele a castigava com estocadas violentas e certeiras, arrancando-lhe gemidos incontroláveis, mas que não se podia ouvir do lado de fora da sala por ela se à prova de som. Eu deveria ter fechado a porta e saído correndo ao presenciar aquela cena, todavia algo prendeu meus pés no chão e me vi desejando estar no lugar daquela loira.

Meu centro pulsou tão forte que tive de apertar uma perna na outra na vã tentativa de aplacar minha excitação. Eu estava com os olhos vidrados na cena quase pornográfica protagonizada por meu chefe que só me dei conta que ele tinha me visto quando chamou meu nome. 

Em algum momento naquela névoa de luxúria, eu devo ter emitido algum som que o fez perceber que tinha plateia para o que acontecia em sua sala e parou de foder a mulher para ver quem o assistia. Rapidamente acordei do transe, fechei a porta atrás de mim e corri para o banheiro mais próximo, me trancando lá. Abaixei a tampa do vaso sanitário, me sentei sobre ela, e esperei as batidas frenéticas do meu coração acalmar, minha calcinha estava molhada e minha excitação nas alturas, mas fiz de tudo para limpar minha mente e não focar no que eu havia acabado de ver. 

Não sei quanto tempo fiquei trancada no banheiro, tentando fazer minha mente raciocinar direito e voltar à realidade do que eu havia presenciado. Só me dei conta de quê passara tempo demais após alguém bater na porta e chamar meu nome.

— Sara? Por favor, abre a porta, eu sei que você está aí. Eu não queria que tivesse visto aquilo, perdoe-me, sim? Não respondi, apenas me levantei e fui até o espelho. Observei meu reflexo e eu estava vermelha, como um tomate, e com a respiração ofegante, molhei minhas mãos a as passei em meu rosto tentando amenizar o fogo que me consumia.

Respirei fundo, várias vezes, enquanto ouvia mais batidas na porta.

— Sara, abre a porta, por favor — meu chefe suplicava, aflito, do outro lado da porta e então, tomando outra respiração profunda, caminhei até ela e a abri. — Me perdoe — pediu assim que me viu.

— Eu que tenho que pedir perdão por entrar em sua sala sem bater, senhor Henrique. Desculpe-me. — pedi, de cabeça baixa.

Eu não conseguia manter meu olhar em seus olhos.

— Não, você não tem que me pedir nada, pois a culpa foi toda minha.

Ele tocou meu braço e eu o olhei. Henrique retirou sua mão de mim, riu sem graça e passou a mão pelo cabelo um pouco desnorteado com o que havia acontecido. Ele mudou de assunto e eu agradeci internamente por não ter que tocar mais no assunto de ter o pego com as calças arriadas enquanto fodia alguém. 

Aquela cena nunca mais sairia da minha mente, mas ele não precisava saber disso e naquele momento tínhamos assuntos mais importantes para resolver.

— O que você queria falar comigo? Deve ter sido algo urgente para entrar na minha sala sem bater. — fez graça para quebra aquele clima estranho que ficou entre nós.

Sorri para ele e disse o que me fez invadir sua sala.

— O senhor Álvaro ligou solicitando reparos com o provedor de internet. — falei, o que me levou a ir até sua sala. 

— Vamos ver o que aconteceu. — ele se afastou e deu passagem para que eu caminhasse em sua frente e fossemos resolver o assunto do cliente.

Obriguei-me a focar no trabalho aquele dia e esquecer a cena que havia presenciado, foi difícil confesso, mas no final, consegui focar no que realmente interessava, meu trabalho. 

Depois desse episódio não tocamos em nenhum outro assunto que não fosse com relação ao trabalho, mas uma nuvem de tensão se fazia presente entre nós e tenho certeza que não só era eu quem a sentia.

Eu tentei não me deixar abalar com isso, entretanto, a partir desse dia, minha vida não foi mais a mesma, eu desejava Henrique mais que nunca, sonhava acordada com ele dizendo me amar e me pedindo em namoro, iludida eu sei. 

Mesmo que ele se sentisse atraído por mim, coisa que eu duvidava, ele nunca me assumiria e me pediria em namoro.

Com Henrique é só sexo e eu estou louca para ter isso dele.

Pena que meu tolo coração não aceitou isso muito bem.

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