Cristine
Dias depois.
Encosto na bancada da pia e um suspiro de cansaço me escapa dos lábios. Não tem coisa que mais desgaste do que faxina, e faxinar uma casa do tamanho da dona Inês é ainda mais cansativo e desgastante. Sempre me deixa toda quebrada no final do dia.
— Minha filha, já terminou a faxina?
— Já, sim, dona Inês. — Respondo, indo até a pia e lavando as mãos.
— Fiz um bolo de laranja com calda de chocolate, vou separar alguns pedacinhos para você levar para casa e comer com sua mãe.
— Não precisava, dona Inês, mas muito obrigada. — Vou até ela e lhe dou um beijo no rosto.
Por mais que eu seja sua faxineira, ela me trata com muito carinho e sempre me presenteia com algo, seja comida, roupas ou lembrancinhas.
— Faço com muito gosto, menina, você sabe que tenho muito apreço por você e sua mãe.
Concordo com a cabeça, terminando de guardar os pratos no armário. Nós nos conhecemos desde que eu era criança e você sempre foi muito legal e gentil comigo e minha mãe.
— Eu já deixei t