«Bem, então que faremos? Jantamos?» perguntou Leonard.
«Por favor, morro de fome…» lhe respondeu Deanna.
«Muda-te e vamos ao Liverpool, o meu amigo nos reservou mesas.»
«Vens, Harry?» lhe perguntou Daniel.
«Harry me disse que tem coisas a fazer, mas levaremos Emma» contestou Deanna.
Saiu disparado com o telefone numa mão e as chaves do carro na outra. Não tinha nem ideia do que estava a passar, tudo o que entendia era que esse envelope que agora levava no interior do seu casaco lhe dava a liberdade que tanto ansiava. Liberdade sem medos.
Como era que Deanna o havia conseguido? Tampouco o entendia, tudo o que via adiante era a estrada. Enquanto conduzia se deu conta do que sentia, do que realmente precisava; não era um impulso nem um consolo. Queria a ver, queria a ouvir, estar com ela; rogar-lhe perdão e suplicar-lhe.
Quando chegou à direção que estava no seu GPS, baixou do carro apressado e ansioso. Era algo tarde, mas nada o detería. A pequena casa ainda tinha algumas luzes acesas.