Matteo bateu no vidro que os separava do motorista e o carro começou a se mover. Lia queria saber para onde estavam indo, mas seu orgulho falava mais alto, então não perguntou.
Ela não tinha certeza do que aconteceria a seguir.
—Por quanto tempo mais vai me ignorar? —perguntou Matteo.
—Pelo maior tempo possível —respondeu ela, sem desviar o olhar da janela.
Manteve-se o mais afastada dele que o espaço limitado do carro permitia. Sua capacidade de resistir a ele ruiria assim que ficassem próximos demais. Não podia confiar no próprio corpo.
Uma semana sem vê-lo lhe dera tempo para sentir sua falta e para que a raiva diminuísse um pouco. Ainda estava magoada, mas se sentia mais disposta a ouvir o que ele tinha a dizer. Depois tomaria uma decisão.
—Eu te dei tempo para se acalmar e me deixar explicar. Em vez disso, saiu com aquele doutorzinho.
—Acalmar? —perguntou, ofendida. —E o Franco é uma boa pessoa.
—Não vou falar sobre esse cara quando há coisas mais importantes a resolver. Tentei s