Sinopse: Isabella, uma garçonete de personalidade marcante, conquista a atenção do poderoso magnata Giovanni Romano. Impressionado com sua coragem ele faz uma proposta irresistível: cuidar de seu filho rebelde. Aceitar o desafio parece loucura, mas Isabella não tem ideia de que, além de lidar com o garoto de temperamento difícil, acabará mexendo também com o coração de Giovanni, um magnata poderoso e sedutor. Entre brigas, segredos e uma paixão inesperada, Isabella descobrirá que mudar a vida de ambos será sua missão mais difícil.
Ler maisGiovanni Rommano
A vida nunca foi fácil para mim, mas aprendi a lidar com os desafios cedo. Sou o mais velho e tenho três irmãos, todos moramos juntos e isso sempre veio com uma responsabilidade extra para mim. Dante, Matteo e Vittorio meus irmãos mais novos, sempre puderam contar comigo. E eu sempre pude contar com eles, especialmente depois que nossa mãe morreu. Ela era o coração da nossa família, o elo que nos mantinha unidos. Quando ela se foi, tudo mudou. Eu tive que assumir a posição de líder da família Romano. Dante administra o cassino da família e se envolve com os negócios mais arriscados. Vittorio é mais metódico, cuida das finanças e de várias empresas que acumulamos ao longo dos anos. Matteo é o mais detalhista e cuida de todas papeladas de estoque, compra e venda de todos nossos negócios.Cada um seguiu seu próprio caminho nos negócios, mas eu sempre fui o que mantinha todos na linha. Entre administrar empresas e lidar com negociações intermináveis, pensei que poderia lidar com qualquer coisa. Mas nada me preparou para ser pai. Quando Alessandro nasceu, tudo mudou. Minha ex-mulher, Valey, morreu no parto, e desde então, cuidar dele passou a ser a minha única prioridade. A dor da perda me endureceu, e o peso de ser pai solo, sem Valey , tornou-se uma batalha diária. Alessandro é tudo o que eu mais tenho de valioso... Desde que perdi a minha mãe, ele tem sido um garoto difícil. Não o culpo. O mundo dele desmoronou antes mesmo de começar a entendê-lo, e ele tinha uma ligação amável com sua avó paterna. Mas isso não muda o fato de que ele está me enlouquecendo. Eu tentei de tudo, babás, tutores, psicólogos. Todas as babás desistem. Nenhuma consegue aguentar mais do que três dias . Ele testa os limites de todas elas até que pedem demissão. Minha vida virou um caos. Entre os negócios e Alessandro, sinto que estou perdendo o controle do meu próprio filho. Meu filho precisa de ajuda, e eu também. Preciso de alguém que consiga lidar com ele, que não desista na primeira dificuldade. Alguém que tenha a coragem que a maioria não tem. Entrei no bar do cassino do meu irmão, Dante, tentando limpar a mente. Um drink talvez não resolvesse, mas quem sabe ajudasse a organizar os pensamentos. O ambiente estava agitado como sempre, mas eu não estava interessado no jogo ou no entretenimento naquela noite. Só queria um pouco de paz, longe dos problemas. Não estava acostumado a ser derrotado — nem nos negócios, nem na vida pessoal — mas ultimamente, parecia que eu não tinha controle sobre nada. Nem sobre Alessandro. Enquanto tomava meu whisky no balcão, algo chamou minha atenção. Uma funcionária, uma das garçonetes, estava lidando com um cliente que claramente havia passado dos limites. Ele estava sendo desrespeitoso, com uma das garçonetes, o tipo de comportamento que qualquer outra pessoa ignoraria ou tentaria evitar. Mas ela, não. — Vai pedir desculpas agora — disse ela, com uma firmeza que eu não esperava. Ela não gritou, nem perdeu o controle, mas sua autoridade era inegável. O cliente, um homem alto e robusto, abaixou a cabeça e murmurou um pedido de desculpas, para a garçonete que estava trabalhando com ela, visivelmente o homem estava constrangido. Ela fez parecer fácil. Fiquei observando a cena, impressionado. Aquela mulher sabia se impor, e não era qualquer uma que conseguia aquilo. Uma ideia começou a se formar na minha cabeça. Essa mulher poderia dar conta de Alessandro. Passei o resto da noite pensando nisso. Assim que a garçonete terminou seu turno e saiu do bar, algo em mim decidiu que eu tinha que conhecê-la. Paguei a conta e a segui. Ela saiu de moto, o que apenas aumentou minha curiosidade. Era ousada, isso eu já podia ver. Dirigi devagar, mantendo uma certa distância para não ser notado, mas sem perder o rastro. Ela dirigia rápido, com segurança e sem hesitação, como se soubesse exatamente onde estava indo. Quando ela chegou em um prédio simples e estacionou a moto, eu parei o carro um pouco mais atrás, observando enquanto ela subia as escadas e desaparecia pela porta. Fiquei ali, pensando em como abordá-la, quando, de repente, a porta do carro se abriu com um tranco. Antes que eu pudesse reagir, senti algo frio encostar no meu pescoço. Uma faca. — Por que está me seguindo? — A voz dela era baixa, mas ameaçadora. Eu olhei para o lado, e lá estava ela, de pé ao lado do carro, com a faca apontada para mim. A luz fraca da rua iluminava seu rosto, e eu percebi que ela não estava brincando. — Calma — murmurei, levantando as mãos. — Eu não queria assustá-la. — Então, por que está me seguindo? — Ela repetiu, sem tirar a faca do meu pescoço. Respirei fundo, tentando manter a calma. Ela era ainda mais intensa do que eu imaginava. — Eu só queria conversar. Preciso de alguém como você... para cuidar do meu filho. Ela franziu a testa, como se não estivesse acreditando em uma palavra do que eu dizia. — Eu pareço babá para você? Sorri, apesar da faca ainda estar muito perto de algo vital. — Não. Mas você parece ser a única pessoa capaz de lidar com alguém tão difícil quanto ele. Ela ficou em silêncio por um momento, sem tirar os olhos de mim, como se estivesse me analisando, tentando decidir se eu era uma ameaça ou apenas um idiota. Depois de um longo segundo, ela afastou a faca, mas não se moveu. — Vai ter que me dar um bom motivo para isso — disse ela, cruzando os braços. — E eu duvido que consiga. Continua...Isabella Moretti RommanoHavia se passado meses desde o meu casamento, eu observava Giovanni ao lado de Alessandro, os dois brincando no jardim enquanto o sol dourado começava a se pôr. Era um momento simples, mas carregado de significado. Depois de tudo que eu havia enfrentado, as dores, os confrontos, as lutas contra meus próprios medos, ver Giovanni sorrindo para Alessandro, com uma paz genuína no olhar, me enchia de uma gratidão imensa.Aproximando-me deles, senti a brisa suave tocar meu rosto, como se o universo estivesse sussurrando que finalmente estávamos onde deveríamos estar. Giovanni olhou para mim e abriu um sorriso sereno, estendendo a mão para que eu me juntasse a eles. Eu me sentei ao lado deles, e Alessandro imediatamente correu para o meu colo, como sempre fazia, ele havia ralado o joelho e eu sempre dizia que ao se machucar, o amor que eu sentia por ele sempre curaria todos machucados dele.—Mamãe, acha que o amor pode mesmo curar tudo?– perguntou ele, com aquele
Isabella MorettiEu assenti, respirando fundo. Saí do carro e caminhei em direção à porta, minhas mãos suadas de nervosismo. Toquei a campainha, e o som ecoou pela casa silenciosa. Após alguns segundos que pareceram uma eternidade, a porta se abriu.Uma mulher apareceu. Seus cabelos eram grisalhos, e seus olhos tinham uma tristeza profunda. Mas o que mais me chocou foi o quanto ela se parecia comigo.— Isabella? — sua voz era suave, como um sussurro.Meu coração parou. Era ela. Minha mãe. A mulher que eu nem sabia que existia de verdade.— Você... — minha voz falhou. Eu não sabia o que dizer.Ela deu um passo para trás, quase como se estivesse com medo de mim.— Eu... Eu sabia que esse dia chegaria — disse ela, suas mãos trêmulas. — Eu só não sabia como te encarar, depois de tudo.As lágrimas que eu segurava começaram a cair silenciosamente. Giovanni se aproximou, ficando ao meu lado, sua presença me dando a força que eu precisava.— Por quê? — finalmente perguntei. — Por que me deixo
Isabella MorettiO silêncio na sala era palpável, cortado apenas pelo som irregular da minha respiração. Ian não se mexia, os olhos dele eram fixos nos meus como se desafiasse minha determinação. Apertei o cabo da arma com mais força. Eu estava tão perto de perder o controle que quase deixava o dedo escorregar no gatilho.Mas antes que eu pudesse agir, uma porta ao fundo da sala se abriu, e Alessandro foi trazido por dois capangas. Ele parecia assustado, mas quando seus olhos se encontraram com os meus, senti uma onda de alívio percorrer meu corpo.— Mamãe! — gritou Alessandro, tentando se soltar das mãos dos homens.— Deixe-o ir — ordenei, minha voz firme, mesmo que por dentro eu estivesse à beira de um colapso.Ian ergueu a mão, sinalizando para os capangas soltarem Alessandro. Ele correu até mim, e eu o abracei com força, sentindo o pequeno corpo tremer contra o meu. Olhei para Giovanni, que estava a poucos metros de nós, ainda esperando o sinal. Mas eu sabia que a hora havia chega
Giovanni Rommano Saímos de casa em silêncio, Isabella e eu. Meu coração estava leve, ainda tomado pelo que havia acontecido entre nós. Ela havia aceitado se casar comigo, e por um momento, tudo parecia finalmente fazer sentido. Ela era o elo que faltava, o que Alessandro e eu precisávamos para sermos uma família completa. No entanto, quando nos aproximamos da escola, uma sensação de inquietação começou a tomar conta de mim. Algo parecia errado. Ao chegarmos na entrada, Isabella e eu fomos até a recepção, onde esperávamos ver Alessandro sair correndo para nos encontrar, como sempre fazia. Mas dessa vez, não havia sinal dele. — Estamos aqui para buscar Alessandro Romano — informei à recepcionista. Ela nos olhou com uma expressão estranha, como se não entendesse o motivo de nossa presença ali. — Alessandro? Ah, ele já foi embora — disse ela casualmente. Meu coração deu um salto, e senti Isabella ao meu lado ficar tensa. — Como assim? Quem o levou? — perguntei, minha voz ficando
Giovanni Rommano Eu observava o relógio, perdido em pensamentos, enquanto aguardava o retorno de Isabella. O silêncio da mansão parecia pesado, algo que eu nunca notara antes de ela e Alessandro se aproximarem tanto. Desde que Isabella entrou em nossas vidas, a casa, antes vazia e fria, havia se transformado em um lugar cheio de vida. Alessandro adorava tê-la por perto, e, para ser honesto, eu também. Sua presença, seus sorrisos, a forma como ela cuidava de tudo... era como se ela tivesse preenchido todos os espaços vazios que eu nem sabia que existiam. Quando ouvi a porta se abrir e seus passos leves se aproximarem, me levantei. Isabella entrou na sala com uma expressão suave, mas havia algo diferente em seu olhar. Algo que me fez parar e observá-la mais de perto. Ela estava inquieta, e eu sabia que algo estava passando pela sua mente. — Alessandro está na escola — ela disse, com um sorriso leve, mas o tom de sua voz me alertou de que algo mais viria a seguir. — Está tudo bem? —
Isabella MorettiEu ainda sentia o cheiro de sangue, mas não era meu. O sangue era da minha irmã, Alice, e cada vez que me lembrava de sua pele pálida e do sorriso desaparecendo enquanto lutava para permanecer consciente, um vazio imenso me consumia. A ambulância havia chegado ao hospital ,mas o medo não.Meus joelhos tremiam enquanto eu andava pelo corredor do hospital. As paredes pareciam sufocar, e o ar estava pesado com uma mistura de desespero e raiva. Giovanni... Ele estava transtornado. Eu o vi naquele momento ao lado de Dante, frio, determinado, como se fosse capaz de enfrentar qualquer coisa para acabar com Ian. Mas Ian Moretti não era qualquer homem. Ele era um monstro.O som dos meus passos ecoando no silêncio sufocante. Minhas mãos ainda tremiam, manchadas de sangue. Eu precisava encontrá-lo. Ian precisava ouvir... E Giovanni, ele não podia ir atrás de Ian, não agora. Eu não suportaria perdê-lo também.Quando me aproximei do Giovanni e Dante, Giovanni estava de pé, olhando
Último capítulo