Capítulo 9.
Capítulo 9.
Thalia.
Presente.
Como eu conseguiria criar uma criança? Como poderia ser mãe se estava prestes a perder o único teto que tinha sobre minha cabeça? A pergunta ecoava em minha mente, repetindo-se como um mantra cruel. Deus, bebês gastam muito. Fraldas, roupas, consultas médicas... Até o que parecia pequeno tornava-se gigante no meu bolso vazio.
Meus pensamentos começaram a girar como um redemoinho. Os cálculos, os cenários, as alternativas — tudo me levava de volta ao mesmo ponto: o fracasso parecia inevitável. Cada preocupação parecia pesar uma tonelada, pressionando meu peito, e o ar começou a me faltar.
Eu estava sufocando.
O que seria de nós dois? Eu, uma mulher que mal conseguia sustentar a si mesma, teria que dar conta de uma vida que dependia de mim para tudo. A ideia era esmagadora.
Desespero me dominou, tomando conta de cada célula do meu corpo. Minhas mãos tremiam e minha visão ficou turva. A vontade de fugir — não apenas da situação, mas de mim mesma — era quase