Marcelo.Dias depois...Meu coração batia forte contra o peito e a ansiedade me consumia. Estava prestes a receber Thalia para o jantar de noivado surpresa que eu tinha preparado para ela. Estavam presentes meus pais, meus tios com minha prima, meu irmão e minha cunhada com o pequeno Ravi, minha irmã Natali, Vivian e seu marido, Arthur.O apartamento estava impecavelmente arrumado, com a mesa da sala de jantar elegantemente posta, destacando os pratos favoritos de Thalia. Meus pais estavam sentados no sofá, trocando sorrisos cúmplices enquanto brincavam com o neto. Meu irmão e minha cunhada, sempre carinhosos, ajudavam minha tia com os últimos detalhes na cozinha.Natali estava alegre, saltitando pela casa, preenchendo o ar com suas risadas ao brincar com o sobrinho. Vivian e Arthur estavam perto da janela, conversando com minha prima enquanto admiravam a vista noturna da cidade.— Relaxa, filho — disse meu tio, carinhosamente, apertando meu ombro. — Tudo vai dar certo. Thalia vai ama
Thalia.Assim que me vi sozinha com meu noivo, me entreguei à intensidade louca que nos consumia. Marcelo havia me pedido em noivado. Preparou tudo com seus pais e irmão e me fez o pedido em seu apartamento. Algo simples, entre família e amigos, mas lindo e cheio de emoção. Mais um dia que ficaria na minha memória para sempre.Ao chegar no quarto, tomei as rédeas da situação e me pus no controle do momento. Hoje eu iria comandar a nossa noite e ela seria deliciosa. Pedi a Marcelo que se ajoelhasse e, com uma lentidão torturante, me despi do vestido que usava, enquanto conferia o desejo brilhar nos olhos de Marcelo e o via perder a sanidade ao estar nua na sua frente. Fixei meus olhos nos seus e sorri, provocativa, abrindo as pernas e me oferecendo ao meu homem.— Me chupa. — Minha ordem é acatada imediatamente.Marcelo agarrou minha cintura, beijando meu ventre primeiro. Ele sorriu, cafajeste, e colocou minha perna em seu ombro, percorrendo minha pele com seus lábios até a parte inter
ThaliaMarcelo desliza uma mão para a minha bunda e aperta. A outra vai à minha nuca, puxa minha cabeça, deixando meu pescoço livre para sua boca percorrer. Vai subindo e para ao chegar em meu ouvido, um ponto fraco que eu não sabia que havia até ele descobrir. Qualquer coisa que ele sussurra para mim desse jeito é excitante.— Quero sentir você gozando comigo dentro dessa bocetinha gostosa.Subo na cama e Marcelo me segura de quatro; seu dedo acaricia minha bunda. Ouço seu riso baixo enquanto rebolo, ansiosa por tê-lo dentro de mim, em sua cara. Ele se curva e dá um beijo nela, depois dá uma mordida de leve.— Safada! — diz rindo e dá um tapa na minha bunda. — Que delícia. — Gemo, o provocando.O sorriso não deixou nossos lábios, e nossos olhos são puro fogo. A chama do desejo nos rodeia, nos queimando, nos consumindo em um tesão avassalador que nos consome.Deito-me para não acabar tendo um orgasmo só com ele fazendo isso. Em cima de mim na cama, apoia-se nos punhos cerrados e olha
Thalia.Uma semana depois...Sentada à beira da cama, deixo meu olhar vagar pelo quarto, perdida em um emaranhado de pensamentos que teimam em assombrar minha mente. Os últimos dias foram como uma montanha-russa emocional, um turbilhão de eventos que viraram minha vida de cabeça para baixo, mas, no fim, tudo acabou bem.Recordo-me do acidente de Marcelo como se tivesse sido ontem. O som ensurdecedor da colisão ecoa em meus ouvidos, enquanto a imagem dele, caído no chão, invade minha mente de forma avassaladora. A sensação de impotência e desespero ainda está fresca em minha memória, como se fosse uma ferida aberta que se recusa a cicatrizar.O desespero vivenciado naquele momento é algo que jamais quero tornar a sentir. Mas o choque não parou por aí. Descobrir que Marcelo era o verdadeiro dono do hotel foi um golpe em meu peito, confesso, uma revelação que sacudiu as estruturas da minha confiança. Tudo o que eu pensava saber sobre ele desmoronou em um instante, deixando-me desorienta
Thalia Meu coração batia descompassado enquanto me aproximava da entrada da clínica de reabilitação. Cada passo parecia mais pesado que o anterior, carregando o peso de meses de ausência e temor. Eu não sabia o que esperar, não sabia como meu pai reagiria ao me ver depois de tanto tempo, só rezava para que tudo ficasse bem entre nós.Adentrei o prédio com passos hesitantes; os corredores pareciam se estender infinitamente diante de mim, suas paredes brancas e estéreis aumentavam minha ansiedade. As luzes fluorescentes lançavam um brilho frio e impessoal, criando sombras alongadas que dançavam no chão à medida que eu caminhava. O silêncio era interrompido apenas pelo som distante de passos e murmúrios ocasionais.Finalmente, cheguei à porta do quarto onde meu pai estava alojado. Uma mistura de emoções se agitava dentro de mim: uma fervilhante combinação de medo, esperança e amor. Com um suspiro tremido, ergui o braço e girei a maçaneta, abrindo a porta e adentrando o quarto da clínica
Thalia — Quero que o senhor o conheça. — Falei, ainda tomada por emoção. Meu pai me olhou, o sorriso ainda em seus lábios. — Também quero o conhecer. Chame-o, sei que veio com você, não foi? Assenti, sorrindo. — Vou chamá-lo. Levantei-me e segui para fora do quarto, encontrando Marcelo no corredor com seu pai ao seu lado. O senhor Mario quis vir, queria ver o amigo, ansiava por isso. Não neguei; eles estavam há anos sem se ver e precisavam disso. Ao entrar de volta ao quarto, eu segurava a mão de Marcelo enquanto caminhávamos para junto do homem que me deu a vida. Seu pai viria depois. Quando cheguei diante do meu pai, fiz as apresentações. — Senhor Efraim, é muito bom conhecê-lo. — Marcelo estendeu a mão e meu pai a pegou. — O prazer é meu. Vejo que é sortudo, a minha filha é uma menina de ouro. Marcelo sorriu largo e me olhou. — Concordo. Não podia ter recebido presente melhor. Senti-me encabulada com os elogios e os dois riram. Nós sentamos e começamos a conversar. Algu
Thalia.Semanas depois... — É meio constrangedor ter alguém que conheço olhando minha vagina. Tipo... Você é cunhada do meu noivo e vai ficar me dando dedada? Mariah não aguentou e começou a rir. Mas rir muito, rir até a barriga doer. Seus olhos lagrimejaram e ela mal conseguia respirar. — Deus, Thalia, você não existe. — falou após buscar ar e tentar se recuperar da gargalhada. — Não se sinta constrangida. Até a vagina da minha mãe eu já vi e isso sim é constrangimento. — Bom, mas você saiu dela, não é? Não deveria ser tão constrangedor assim. — Pois é, mas é constrangedor. Enfim, essa é minha vida: ver vaginas. Então, não tenha vergonha, é tudo profissional. Soltei um suspiro. — Vou tentar não morrer de vergonha. — Trouxe os exames que pedi? — Sim. Fiz todos os que me pediu e os que já haviam sido recomendados pela doutora Patrícia. Eu tinha mudado de médica não por não me sentir bem com a doutora Patrícia, mas sim porque Mariah havia me revelado seu desejo de acompanhar o
ThaliaDepois da consulta... Não há sensação melhor do que caminhar pelos corredores da loja de artigos para bebês, cercada por aquele universo de fofura e delicadeza. Marcelo segurava minha mão com um sorriso radiante enquanto explorávamos cada prateleira, encantados com o que nos esperava. A menina que eu jamais imaginava ter, de um jeito tão inesperado, já havia conquistado meu coração desde o momento em que ouvi o som do seu pequeno coração batendo.— Olha só esse macacãozinho de ursinho, meu amor. Não é lindo? — exclamou Marcelo, segurando uma peça cor-de-rosa tão pequena que cabia na palma da sua mão.— É, sim. Parece tão macio... Ela vai adorar — respondi, sentindo meu peito se encher de um amor novo, avassalador. Era um sentimento que eu ainda estava aprendendo a compreender, mas que me aquecia.Passamos horas escolhendo o essencial para o enxoval da nossa filha: carrinho de bebê, cadeirinha, berço, chupetas, mamadeiras. Marcelo estava eufórico e queria levar tudo. Até mesmo