Thalia.
Eu hesitei na entrada do quarto do hospital, mas logo abri a porta e entrei. Meu coração batia forte contra o peito enquanto observava Marcelo deitado na cama, seus olhos perdidos no teto. Nossos olhos se encontraram por um breve momento, e foi como se o tempo congelasse.
Marcelo quebrou o silêncio ao me dar “oi” com um sorriso fraco despontando nos lábios cheios. Meu estômago se contorcia em nós, lutando contra a torrente de emoções que me invadia ao vê-lo acordado. Esperei tanto por isso que agora não sabia como agir.
— Vai ficar aí parada? — Seu sorriso ampliou.
Eu dei um passo hesitante para dentro do quarto, meus pés pesados como chumbo.
— Marcelo... — minha voz saiu em um fio sussurrante, carregada de emoção contida.
— Thalia... — a voz dele, suave como uma brisa, me fez tremer por dentro. — Estou tão feliz que você esteja aqui.
Eu me aproximei lentamente da cama, meus olhos nunca deixando os dele. Cada passo era um conflito interno, uma batalha entre o desejo de correr