Lia Perroni
Acordo sentindo-me renovada, com uma sensação de alívio após a conversa com a Sra. García. Tomo banho, me arrumo e me sinto pronta para enfrentar o dia. Ao pegar o celular para conferir a hora, vejo que recebi uma mensagem de um número desconhecido. Meu coração pulsa um pouco mais rápido, mas respiro aliviada ao ver que é Kairós. "Oi, Lia. Espero que você esteja bem. Quero conversar sobre ontem. Posso te encontrar hoje?" Eu hesito por um momento, pensando sobre como responder. Decido ignorar sua mensagem e apaga, em seguida bloqueando o número. Agora não é hora para pensar em homens, tenho que pensar em mim e na Esmel, é no que fazer de agora em diante. — Bom dia, mamãe! — disse Esmel, me dando um susto. — Bom dia, minha querida!— digo, abraçando Esmel. Ela sorri e me dá um beijo na bochecha. — Como você está hoje? — pergunto. — Estou bem, mamãe! —responde. Eu sorrio, sentindo-me grata pela simplicidade da vida. — Vamos fazer um café da manhã especial hoje? — sugiro. Esmel grita de alegria. — Sim! Quero panquecas! Eu rio e começo a preparar o café da manhã. Enquanto cozinho, penso em como quero construir uma vida melhor para Esmel e para mim. — É hora de começar de novo — digo para mim mesma. — Vamos fazer um plano para o futuro — digo para mim mesma, enquanto preparo o café da manhã. — Quais são os meus objetivos?. Eu começo a fazer uma lista: - Estabilizar financeiramente. - Encontrar um lar mais seguro. - Aumentar meu tempo com Esmel. Esmel se aproxima, curiosa. — Mamãe, o que você está fazendo? — Estou planejando nosso futuro, minha querida — respondo. Ela sorri. — Queremos ser felizes, não é? Eu assinto. — Sim, queremos ser muito felizes! . Depois do café da manhã, decidimos fazer um passeio no parque. O sol brilha, e o ar está fresco. Esmel corre à frente, rindo. Eu sinto uma sensação de paz. — Este é o começo de algo novo— digo para mim mesma. Estou sentada em baixo de uma árvore, enquanto Esmel corre com Beatriz, a amiguinha do colégio que encontramos pelo parque, quando de repente Kairós para diante de mim com uma expressão séria. — Por que não responde ou atende as minhas ligações? — pergunta em um tom sério e talvez irritado. Eu me sinto invadida e surpresa com a aparição repentina de Kairós. "O que ele está fazendo aqui?", penso. — Kairós, o que você quer? — pergunto, tentando manter a calma. — Por que não responde ou atende as minhas ligações? — repete ele, com uma expressão séria e irritada. Eu me sinto pressionada. — Eu não quero falar com você — digo, tentando ser firme. Kairós se aproxima, seus olhos intensos. — Você não pode simplesmente ignorar-me — diz. Eu me sinto desconfortável. — Esmel! — chamo, para irmos embora. Esmel e Beatriz se aproximam, curiosas. — Mamãe, está tudo bem? — pergunta Esmel. — Sim, minha querida, te chamei para irmos embora. — respondo. Kairós olha para Esmel e Beatriz. — Desculpe, não queria perturbar — diz. Eu me levanto, segurando a mão de Esmel. — Vamos, minha querida. É hora de ir embora— digo. Kairós não se move, ainda olhando para nós. — Eu preciso falar com você — insiste. Eu balanço a cabeça. — Não há nada para discutir — digo firme. Esmel e Beatriz começam a caminhar em direção à saída do parque. — Vamos, mamãe! — chama Esmel. — Tchau tio Kairós. Ele sorri acenando para ela. Eu sorrio e sigo em frente, deixando Kairós para trás. "Não olhe para trás", digo para mim mesma. Ao sair do parque, sinto-me aliviada. "Estou livre", penso. Esmel olha para mim. — Mamãe, por que estamos indo embora? — pergunta. — Não estamos indo embora, meu amor, mas sim indo tomar um sorvete, Bia, você quer vim conosco? — eu falo Esmel e Beatriz gritam de alegria. — Sim! Quero sorveter — dizem em uníssono. Eu sorrio, aliviada por mudar o assunto. — Vamos, então! — digo. As meninas começam a correr na frente, animadas. Eu sigo logo atrás, sentindo-me grata pela simplicidade da vida. Ao chegar à sorveteria, as meninas escolhem sabores coloridos. Eu peço um sorvete de frutas, sentindo-me renovada. Enquanto comemos, as meninas tagarelam sobre seus planos de verão. Eu ouço, sorrindo. De repente, meu celular toca. É uma mensagem da Sra. García. "Ei, Lia! Como você está? Quer conversar sobre o que aconteceu no parque?". Me pergunto como ela ficou sabendo sobre o que aconteceu no parque, mas decido ignorar sua mensagem e curtir o momento com as meninas. — Vamos pedir mais um sorvete? — pergunto. Esmel e Beatriz gritam de alegria novamente. — Sim! Queremos mais! . Eu sorrio e peço mais dois sorvetes. Enquanto comemos, as meninas continuam a conversar e rir. Eu me sinto grata por essa simples, mas feliz, tarde com minhas meninas. Depois de terminar os sorvetes, decidimos ir para casa. Ao chegar em casa, as meninas começam a brincar no quarto. Eu me sento no sofá, sentindo-me relaxada. De repente, ouço a campainha da porta. Eu me levanto para atender a porta, esperando encontrar Camilla, mãe da Bia e do Lian, um outro amiguinho de Esmel. Ao abrir, vejo Camilla sorrindo, com um olhar amigável. — Oi, Lia! Desculpe pela hora, mas eu vim buscar a Bia — diz. Eu sorrio de volta. — Não tem problema, Camilla. Elas estão se divertindo muito — respondo. Bia e Esmel aparecem ao lado de mim, ainda rindo. — Mamãe, eu quero ir à casa da Bia amanhã! — diz Esmel. Camilla sorri. — Claro, querida. Eu adoraria ter recebe-la em casa — disse Camilla. Eu e Camilla trocamos olhares de aprovação. — Ficou combinado, então — digo. Cléber aparece ao lado de Camilla, com Lian no colo. — Oi, Lia! Tudo bem? — pergunta. Eu sorrio. — Tudo ótimo. Obrigada por perguntar — respondo. Os pais trocam olhares de gratidão, feliz em ver as crianças felizes. Eu sorrio. — Querem vir almoçar em nossa casa no domingo? — pergunto. Camilla e Cléber se entreolham e assentem. — Adoraríamos! — diz Camilla. — Ótimo! Eu aviso o horário — respondo. As crianças se despedem com abraços. — Te vejo amanhã, Bia! — diz Esmel. — Sim! Te vejo! — responde Bia. Despedimo-nos com sorrisos. Eu fecho a porta, sentindo-me grata pela nova amizade. Esmel se aproxima. — Mamãe, estou feliz! — diz. Eu abraço Esmel. — Eu também, minha querida. Eu também. E agora, o que vamos fazer? Ainda temos a tarde livre? — pergunto a Esmel. — Não sei, podemos vê um filme! — Um filme! Que ótima ideia! — digo. Esmel sorri. — Qual filme você quer assistir? — pergunto. Esmel pensa por um momento. — Quero assistir 'A Bela e a Fera'! — diz. Eu sorrio. — Clássico! Vamos assistir! — respondo. Vamos até o sofá, preparar o filme e nos acomodar. Enquanto o filme começa, Esmel se aninha ao meu lado. — Estou feliz por estar com você, mamãe — diz. Eu abraço Esmel. — Eu também, minha querida. Eu também. O filme começa e nos perdemos na história. Assistimos ao filme até o fim, completamente absorvidas na história. A meio do filme, preparo um lanche delicioso: pipoca, chocolate e suco de frutas. Esmel e eu cantamos junto com as músicas do filme, especialmente "Be Our Guest". Rimos e nos divertimos muito. Quando o filme termina, Esmel se vira para mim. — Mamãe, foi o melhor dia! — diz. Eu sorrio. — Sim, minha querida. Foi um dia perfeito. — Vamos preparar o jantar! — digo. Esmel salta da sofá. — Posso ajudar, mamãe? . —Claro, minha querida. Vamos fazer macarrão! . Esmel adora ajudar na cozinha. Enquanto cozinhamos, conversamos sobre o dia. —Mamãe, o que você achou do Kairós?. — Ele é complicado, minha querida. Mas estamos bem agora." Esmel assente. O jantar ficar pronto. Sentamos à mesa e compartilhamos um delicioso macarrão.