Jhulietta Duarte
Quando entrei no hospital e vi Renata naquele estado, meu coração se apertou. Tia Deise e Ariana deixaram o quarto para nos dar privacidade, permitindo que eu me aproximasse dela. Renata tentou sorrir, mas o gesto era visivelmente forçado. Sentei ao seu lado e acariciei sua mão, tentando transmitir conforto.
— E então, amiga? Vai me contar o que aconteceu? — perguntei suavemente.
— Nada que eu não dê conta. — Ela desviou o olhar, mas a verdade estava clara em seus olhos.
Suspirei, insistindo com delicadeza:
— Renata, eu já passei por violência doméstica. Sei reconhecer a situação. Confie em mim, me diga o que aconteceu.
Ela soltou um longo suspiro e começou a falar, hesitante. Suas palavras estavam carregadas de dor. Meu coração se quebrava a cada detalhe. Renata, sempre tão vibrante e cheia de vida, escondia um fardo pesado.
— Você já teve um relacionamento abusivo? — ela perguntou, sua voz quase um sussurro.
Baixei o olhar.
— Na verdade, nunca me relacione