Giovanni Santorini
O dia estava nublado, como se o céu quisesse refletir o que eu sentia por dentro. Cada passo que eu dava até a empresa de Nicolas parecia mais pesado do que o anterior, e o turbilhão de pensamentos na minha mente parecia não dar trégua. Eu sabia que precisava conversar com ele, precisava entender até onde ele estava disposto a ir para afastar aquele homem da vida de Jhulietta.
A porta do escritório de Nicolas estava entreaberta quando cheguei, e ao entrar, vi meu filho sentado em sua cadeira, os olhos fixos na tela do computador, mas sua mente provavelmente em algum outro lugar. Ele levantou o olhar ao me ver entrar e fez um gesto com a cabeça, convidando-me a me sentar.
— Pai, aconteceu alguma coisa? — Ele perguntou, a expressão carregada de preocupação.
— Estava com Jhulietta e resolvi dar uma passadinha aqui.
— Aconteceu algo com ela? A Jhulie não me ligou.
Me acomodei na cadeira à frente de sua mesa, observando-o por um momento antes de falar. Nicolas sempre fo