Diogo Lima
Meu sangue fervia enquanto eu me acomodava no canto mais escuro da sala, tentando juntar os pedaços de uma raiva que me consumia por dentro. Já sabia de tudo que tinha acontecido com Jhulietta. Não era segredo pra ninguém: ela fora machucada de uma forma que ninguém jamais deveria passar, e o desgraçado que a abusou dela no passado já estava detido. Essa merda toda me fazia sentir impotente, mas eu não estava disposto a deixar isso passar impune.
Enquanto esfregava o braço dolorido, meu parceiro estava jogado num canto, com um cigarro queimando lentamente, quebrou o silêncio com aquele tom debochado e irônico que tanto me irritava.
— Então, Lima, você tá sabendo do que aconteceu com sua filha? — ele perguntou tragando seu cigarro.
— Tá, claro que sei, porra.
Coiote arqueou uma sobrancelha, com aquele sorriso de canto:
— E aí, você vai fazer alguma coisa?
Encarei o meu amigo com um olhar de pura determinação.
— Eu vou agir, sim. E quero que você entre em contato com aquele