Quando cheguei com os ingredientes, fui direto para a cozinha e comecei a ralar o milho. Dona Neuza insistiu em ajudar, mas neguei.
— Jhulietta, eu sou paga para isso. — Ela me encarou.
— Eu sei, dona Neuza, mas será que a senhora me deixa dividir a cozinha de vez em quando para agradar meus meninos? — perguntei, e ela revirou os olhos.
— Claro que deixo. Você não precisa pedir, afinal, é a dona da casa.
— Não sou. O dono da casa é o Nicolas.
Ela me encarou com um olhar carregado de significado.
— Nicolas com certeza se apaixonou por esse seu coração de ouro e sua simplicidade.
Agradeci com um sorriso e continuei ralando o milho. Depois de terminar essa etapa, fiz os outros preparos. Estava colocando a massa na assadeira quando senti alguém me abraçar por trás, o que me fez dar um pequeno salto, assustada.
— Bom dia, meu amor. E obrigado pelo gesto de carinho e cuidado. — Nicolas beijou meu pescoço e mordiscou minha orelha, me fazendo corar.
— Para, Nicolas! Dona Neu