O restaurante escolhido para o almoço era discreto, um dos meus favoritos quando eu queria evitar os holofotes.
— O que vai pedir? — Eduardo perguntou, fechando o cardápio.
— Ainda não sei, vou dar uma olhada.
Enquanto eu analisava as opções, percebi que ele me olhava com um sorriso divertido.
— Você não imagina com quem eu esbarrei ontem.
Levantei o olhar com curiosidade.
— Alguém interessante?
— Renata.
Minha sobrancelha arqueou em interesse.
— É mesmo?
— Sim. Acabamos tomando um lanche juntos. Foi totalmente por acaso.
Minha expressão logo se transformou em um sorriso sugestivo.
— Sei... por acaso?
Eduardo bufou.
— Nem começa.
— O que foi? Só achei curioso.
O garçom surgiu para anotar os pedidos. Depois que ele se afastou, Eduardo voltou a me encarar.
— Não tire conclusões precipitadas. Você me conhece, Nick, eu não sou de me prender a ninguém.
Cruzei os braços, mantendo meu olhar provocador.
— Só porque você ainda não encontrou a mulher certa.