Nicolas Santorini
Após o café chegarmos à escola, percebi imediatamente os olhares dos funcionários ao nos verem. Sabia exatamente o que aquela expressão significava: respeito… e um pouco de medo. O nome Santorini carregava um peso, e eu não hesitaria em usá-lo se fosse necessário.
Fomos recebidos por uma assistente que nos levou até a sala da diretora. Ethan segurava a mão de Jhulietta, e eu sentia a tensão dele ao meu lado.
Quando entramos, a diretora levantou-se, ajeitando os óculos no rosto.
— Senhor Santorini, senhorita Duarte — ela nos cumprimentou, forçando um sorriso. — Sei por que estão aqui.
Cruzei os braços, sem paciência para formalidades.
— Ótimo. Então me diga, o que será feito sobre isso?
Ela pigarreou, ajeitando-se na cadeira.
— Conversei com a senhorito Duarte ontem e garanti que a escola tomaria providências. Estamos investigando…
Soltei uma risada seca, sem um pingo de humor.
— Investigando? — repeti. — Me poupe. Você não vai averiguar nada, dir