Maeve
O avião pousou suavemente, mas a tensão dentro de mim parecia cada vez mais intensa. Não conseguia tirar da cabeça as últimas palavras de Ricardo, nem o olhar arrependido em seus olhos. Eu sabia que ainda o culpava por tudo, mas algo dentro de mim também queria entender suas motivações. Mesmo assim, manter distância era minha única defesa. O contrato me prendia, mas meu coração não precisava ser entregue.
Enquanto pegávamos nossas malas e Clara falava animada sobre o próximo destino, senti a mão de Ricardo tocar levemente minhas costas. Um toque sutil, mas o suficiente para me fazer estremecer.
— Está tudo bem? — ele perguntou baixo, para que só eu ouvisse.
— Está — menti, desviando o olhar.
Ricardo
Eu podia ver que Maeve estava mais distante do que nunca. Ela respondia mecanicamente, suas expressões eram controladas. Estava claro que a ferida que eu havia causado era profunda, e talvez irreparável. Mas eu não podia deixar as coisas como estavam. Não agora.
Enquanto minha mãe ca