Eu me sentia vulnerável e ao mesmo tempo inquieta com a proximidade de Grady. Quando sua voz grave soou tão perto do meu ouvido, um arrepio percorreu minha espinha.
— Oi, tigrinha — ele murmurou.
Engoli em seco. O calor de seu corpo irradiava para o meu, e a maneira como ele disse aquelas palavras me desarmava completamente. Fiquei paralisada por um instante, lutando contra a sensação de fraqueza que me dominava.
— Gostei das suas palavras sobre rapazinhos querendo parecer gente grande. Alguém já lhe disse que você é cruel?
Cruel. Eu, cruel? Ele tirou uma das mãos do bolso e, antes que eu pudesse reagir, enlaçou seus dedos nos meus. Senti meu rosto corar, e temi que ele pudesse enxergar em meus olhos o que eu tentava esconder: uma confusão de sentimentos que me deixava exposta.
— Meus filhos me dizem isso o tempo todo — respondi, forçando um sorriso para mascarar meu nervosismo. — Obrigada por ter me defendido, Grady.
— Duvido que você precisasse mesmo de ajuda — ele retrucou, com uma