Simplesmente lhes oferecera um emprego. Eu recebi a mesma oferta e não hesitei em aceitar.
Parados em frente à varanda de casa, Grady me fitou, com uma expressão que parecia indecifrável. O silêncio entre nós era repleto de algo que eu não sabia explicar. Meus pensamentos estavam uma bagunça, e minha voz parecia incapaz de romper aquele instante.
Por fim, arrisquei um sorriso.
— Gostaria de continuar esta conversa lá dentro?
— Que tal se esquecermos esta conversa aqui fora e iniciarmos outra lá dentro? — ele respondeu, e o tom leve arrancou de mim uma risada espontânea.
— Pode ser — falei, ainda rindo. — Esta conversa não está mesmo levando a lugar algum.
Grady me olhou de um jeito diferente, algo mais profundo. Então, lentamente, ergueu a mão e afastou os cabelos do meu rosto. Meu coração acelerou, e todo o meu corpo parecia em alerta pelo toque suave de seus dedos.
— Está com frio? — ele perguntou, sua voz grave e baixa.
— Não — murmurei, quase sem fôlego, incapaz de desviar o olhar