— É só apoiar direito que não acontecerá nada — garanti, confiante. — Será seguro se colocarmos uma escora aqui na frente. Vamos tentar?
Ele respirou fundo, ainda desconfiado, mas cedeu.
— Está certo, mas espere até eu deixar isso bem firme.
E assim começamos de novo. Uma hora depois, com as mãos sujas de terra e o cabelo desalinhado, observei a varanda praticamente nivelada e senti um orgulho imenso.
— Foi uma melhora e tanto! — comemorei, limpando a testa com as costas da mão.
Mas Grady, com aquele jeito provocador de sempre, me analisou de cima a baixo antes de declarar:
— É pena que eu não possa dizer o mesmo de você.
Revirei os olhos, exasperada.
— Muito obrigada!
Ele riu, satisfeito.
— De nada. Agora, vamos aos bolinhos de canela.
Cruzei os braços e fiz minha melhor imitação de uma mãe exigente.
— Diga, "por favor".
Grady parou, sua expressão mudando de súbita leveza para algo mais intenso. Quando respondeu, sua voz estava repleta de algo que não consegui decifrar.
— Não,