Me levantei bem cedo naquele sábado. A Isadora estava vindo e não a via desde que o Pedro tinha um mês, ainda na França.
Pensei o quanto aquela mulher transformou a minha vida, em cima de sua própria dor. Queria poder retribuir a ela tudo o que fez por mim, por isso me empenhava em ser o melhor CEO que a empresa dos pais dela pudesse ter.
Pedro estava enjoadinho, com um dente nascendo. Essa semana, tive um problema com os órgãos governamentais que verificam o Lar. Pedro não estava registrado como uma criança para ser adotada.
Como o Lar é uma ONG, eles fazem verificação contínua para não haver tráfico de crianças. Isadora sempre viu isso com bons olhos. E a Laila disse que eu me surpreenderia se soubesse quantas pessoas ruins vendem órfãos no Brasil. Que a verificação é necessária para separar o joio do trigo, e o governo estar ciente de que ali eram feitos trabalhos sérios, adoções idôneas.
O fato é que quando chegamos, tinha uma criança a mais do que as registradas para adoção e os