Anabelle
Eu precisava de um pouco de ar. Mesmo que, naquele lugar, o ar fosse denso, quente e impregnado de fumaça e pecado.
Saí de fininho do escritório do Diabo, deixando para trás vozes sobre mapas, rotas e distrações. O cheiro de cigarro barato misturado com bebida forte e couro velho se agarrava às narinas como um aviso constante de onde estávamos. O chão, de cimento cru, estalava sob meus saltos, e as luzes vermelhas fracas que iluminavam o corredor faziam sombras dançarem pelas paredes como demônios zombando da nossa loucura.
O Inferninho.
Era esse o nome. Cínico e óbvio, como tudo que envolvia aquele homem de ternos extravagantes.
No centro d