Na manhã seguinte, eu acordei com a certeza absoluta de que um caminhão tinha me atropelado. Não um simples caminhão — um de carga pesada, com reboque, daqueles que sacodem a estrada quando passam. Meu corpo inteiro doía como se eu tivesse participado de uma luta clandestina durante a madrugada e, pelo visto, perdido feio.

Minha cabeça latejava, uma pressão incômoda pulsava atrás dos olhos, e meu nariz… bom, ele havia oficialmente se aposentado. Não passava ar. Nada. Zero. A sensação era de estar respirando com um canudo entupido.

Tentei chamar pela Jess, mas a única coisa que saiu foi um chiado rouco, digno de filme de terror.

— Jess... — minha voz morreu antes de terminar a sílaba, ardendo como