— Ai... Meu Deus do céu. – O homem desconhecido geme no chão, com a mão na cabeça.
Cecília permanecia em silêncio, fixando o local onde estivera apenas alguns segundos antes. Seu rosto impassível era mais inquietante do que seu sarcasmo habitual. Uma sensação de apreensão começava a me envolver.
— Cecília? Você está bem? – Toco em seu ombro com delicadeza.
O homem volta seu olhar para nós duas e se levanta rapidamente.
— Fale alguma coisa, pelo amor de Deus! – Suplico aflita.
— Eu poderia ter me machucado... Eu teria me ferido gravemente. – A atriz diz, olhando fixamente para a porta quebrada no chão.
— Cecília, eu sinto muito! – O homem diz com voz envergonhada, seus olhares alternam entre Cecília e eu.
— Vocês... Estavam... – Ele não termina a frase e desvia o olhar.
Demoro alguns segundos para entender seu raciocínio. Olho incrédula para ele.
— Não seja ridículo, eu só estava presa com a Cecília! – Minha voz sai mais fina do que pretendia.
— Okay, okay. – Ele ri sarcasticamente. –