334. UMA CONFISSÃO A MEIAS

KIERAN:

Depois de assinar o contrato de aliança para a defesa com os lobos do norte, fiquei a sós com Claris, que me olhava esperando uma explicação sobre o que havia acontecido. Divertia-me vê-la se esforçando para não perguntar.  

“Kieran, pare de fazer minha Lua sofrer”, ouvi Atka.  

“Nossa!” reclamei, não querendo repetir o que dissera da primeira vez.  

—Fenris e Rafe, esperem um momento lá fora enquanto falo com minha assistente, Claris —pedi com serenidade.  

Quando finalmente fiquei a sós com minha Lua, que havia retomado seu trabalho de organizar os livros, aproximei-me dela aspirando seu perfume. Ela não virou imediatamente; fez isso devagar, como se temesse esbarrar em mim. Depois levantou o olhar para encontrar o meu.  

—Devo uma desculpa, senhorita Claris —iniciei, sentando-me no sofá.
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