CLARIS:
A exclamação saiu das profundezas do meu ser, era um grito que refletia todo o terror acumulado no meu peito. A minha alma tinha sido inundada de incerteza e arrependimento, um pesado lembrete de que, mais uma vez, os meus impulsos tinham me governado. Era o que sempre fazia, o que tinha marcado toda a minha vida: agir sem pensar, fugir quando as coisas se tornavam demasiado assustadoras. Embora desta vez não tivesse fugido voluntariamente, o poder que emanava do meu interior tinha agido por mim, reproduzindo os meus antigos padrões, a minha eterna inclinação para me afastar dos problemas.
Clara permanecia deitada em silêncio, de barriga para baixo, imóvel, olhando fixamente para a terra desde nossa posição elevada. A sua quietude contrastava com a minha agitação interna e preenchia-me com novos temores. —Estarão bem? —perguntou ela—. N&a