KIERAN:
Ouvi uma luz ancestral despertar dentro de mim. A voz da minha mãe não era apenas uma lembrança tecida na minha memória, era um guia, uma força que me devolvia o controlo. Deixei ir o último vestígio de tensão, cada medo e cada dúvida, com uma expiração que levou consigo as sombras que se acumulavam na minha mente. Ao esvaziar os pulmões, deixei que aquelas palavras me envolvessem completamente, como um mantra que ressoava em cada recanto do meu ser, guiando-me para algo mais profundo, mais essencial.
Concentrando-me em cada uma das suas sílabas, senti como a barreira entre a minha vontade e o poder divino começava a desaparecer. Era como se estivesse a romper um muro invisível mas imponente, desnudando as raízes da minha existência para permitir que aquele fio inquebrável fluísse desde as profundezas da minha alma. Era