Thayla Narrando
A nossa pizza chegou, meu pai a ofereceu para Vilma, mas ela recusou educadamente.
— Estou cheia, já jantei — disse ela, sorrindo.
Foi então que, meio sem querer querendo, soltei:
— Já que está cheia, querida, devia ter acompanhado a sua amiga.
Ela me olhou com um sorrisinho venenoso.
— Estou atrapalhando?
Meu pai me lançou um olhar sério, como se me repreendesse.
— Não, Vilma, Você não está atrapalhando nada.
Suspirei, incomodada. Olhei para minha mãe, que também estava desconfortável com a presença dela. Preferi ignorá-la e me concentrei em conversar com minha mãe, enquanto meu pai, Enrico e Vilma reviviam os velhos tempos de faculdade, trocando risadas e lembranças como se só existissem eles na mesa.
Minha fome passou. Peguei apenas um pedaço de pizza, e mesmo assim o sabor parecia diferente. O estômago revirava, não por causa da comida, mas pelo ambiente sufocante que aquela mulher criava ao redor do meu pai e do meu noivo.
Meus olhos percorriam a mesa, observando