Thayla Narrando
Cheguei em casa e, assim que fechei a porta, ouvi as vozes dos meus pais na sala de jantar.
— Já cheguei! — gritei, tirando os sapatos enquanto subia as escadas. — Vou me arrumar para ir à empresa!
Minha mãe respondeu no mesmo tom:
— Está tudo bem?
— Sim! — menti, porque, na verdade, meu coração ainda estava acelerado por tudo que tinha acontecido essa noite com Enrico. E também medo de ser pega.
Entrei no meu quarto e tranquei a porta. Precisava de um banho para despertar completamente e, principalmente, para ver se aquela sensação de euforia diminuía. Liguei o chuveiro e entrei, deixando a água quente relaxar meus músculos. Enquanto ensaboava o corpo, minha atenção foi para o espelho embaçado pelo vapor.
Me aproximei e afastei parte da névoa, revelando meu reflexo. Foi impossível segurar o sorriso quando vi as duas marcas arroxeadas no meu pescoço. Enrico é intenso em tudo, e aquilo era a prova de que a noite havia sido perfeita.
— Droga, vou ter que cobrir isso — m