Enrico Narrando
Deixei a Thayla em casa, garantindo que ela estivesse segura, antes de sair. Eu pretendia ir direto para casa, mas uma ideia me ocorreu no caminho. Desviei o trajeto e segui até a joalheria. Escolhi um bracelete com um pingente de coração, com alguns diamantes cravejados.
Quando saí da loja e voltei para o carro, continuei dirigindo tranquilamente até que, sem perceber, meus olhos foram atraídos por uma vitrine iluminada. Era uma loja de artigos para bebês. Meu coração acelerou, e uma onda de emoções me atingiu com força.
— Meu Deus… — murmurei para mim mesmo, estacionando o carro sem pensar duas vezes.
Ainda não tinha caído completamente a ficha. Eu vou ser pai. Um filho. Minha pequena estava grávida.
Saí do carro e entrei na loja, como se estivesse sendo guiado por uma força invisível. Lá dentro, meus olhos passearam por cada prateleira cheia de roupinhas minúsculas, sapatinhos delicados, bichinhos de pelúcia e móveis infantis. Tudo parecia tão pequeno, tão frágil.