Capítulo 6: Zayan Lawrence...
O dia começa bem cedo... Às 5h30 da manhã, meu despertador toca rompendo a quietude da casa. Levantei imediatamente, não permitindo que a tentação de mais alguns minutos na cama me vençam. Aprendi que a disciplina é fundamental não apenas para a saúde, mas também para manter a mente afiada e pronta para os desafios do dia. Após uma rápida ducha, visto um conjunto de roupas de treino, uma camiseta que se ajusta ao corpo e calças de moletom leves. Com uma garrafa d’água em mãos, saio de casa em direção à academia particular que fica a poucos minutos da mansão. O caminho é tranquilo, as ruas ainda estão vazias e o sol começa a nascer no horizonte. Na academia, me junto ao meu amigo Theo, assim como eu, ele prioriza a atividade física na rotina da manhã. Ele é COO na empresa Lawrence. Inicio com um aquecimento leve na esteira antes de passar para exercícios de força e resistência. O meu treinamento inclui levantamento de pesos e circuitos intensos, focando em manter o corpo saudável e em forma. Enquanto me exercito, ouço uma playlist de músicas animadas em meus fones de ouvido, composta por músicas enérgicas que me ajudam a manter o ritmo. Após uma hora intensa de treino, saímos da academia conversando. — Que tal uma balada hoje, cara? — Estou precisando mesmo! Essa minha última viagem, foi apenas trabalho! — Nos encontramos na boate de sempre? — Combinado! Me despeço dele e sigo para o meu apartamento, tomo um banho rápido e refrescante e me preparo para o dia que está por vir. Vestindo um terno bem cortado cinza escuro com uma camisa branca impecável e uma gravata azul marinho olhei-me no espelho antes de sair e estava impecável. Fui até a casa dos meus pais tomar café com eles e com as minhas filhas. Quando cheguei, elas estavam descendo as escadas com Daphne. Ao me verem, correram para os meus braços. — Papai, papai! Agachei e abracei as duas e as tirei do chão. — Saudade papai... saudade! — Também estava com saudades, minhas princesas! — Rainhas papai... agora somos rainhas! — corrigi Isabella. Cobri as duas com beijos e elas gargalharam. — Papai, quando vamos para a casa? — Quero o meu quartinho... — choraminga Isabella. — E as minhas bonecas! — completa Isadora. Olhei para Daphne, estava com um semblante incomodado, já as minhas princesas estavam com um olhar de tristeza. Elas estão com saudades de casa e eu com saudades da presença delas. — Vamos tomar café! — diz a mulher rapidamente. Meu pai chega e seguimos para a sala de estar. Após a refeição, tive que ir para a empresa e doeu ver as minhas pequenas chorando. Durante o caminho pensava na ideia do meu pai em colocar aquela moça como babá das meninas. Assim elas poderiam ir para o apartamento, teria mais tempo com elas e tiraria a responsabilidade das costas deles. Com a agenda cheia, chego ao escritório às 9h30. Cumprimento a minha equipe ao entrar no prédio, as pessoas reagem com sorrisos discretos e acenos respeitosos. As horas seguintes são preenchidas por reuniões estratégicas. Discutimos novas inovações no design dos carros da empresa, reviso relatórios financeiros e me reuni com os diretores de marketing para planejar campanhas publicitárias. O meu estilo de liderança é participativo, incentivo a troca de ideias e valorizo as contribuições da equipe que agregam. Durante o almoço, optei por uma refeição saudável, salada com frango grelhado e quinoa, acompanhada por um suco detox verde. Fiz a refeição na minha sala, para poder voltar mais cedo para ficar um tempo com as minhas meninas. Theo me acompanha na refeição... — O que tem te preocupado meu amigo? Está mais sério do que o normal! — Minhas filhas! Expliquei-lhe a situação. — E o que tem de errado com essa moça, para Daphne não querer que ela seja babá das minhas afilhadas? Olhei para ele e viu a resposta em meu olhar. — Ah tá! A garota é gata? — Muito... pelo pouco que percebi ela é brasileira! É muito fluente em nossa língua, mas os traços dela... ah, você me entendeu! — digo impaciente, sob aquele olhar que me condena. — Sei e sua mãe está com medo de você füdër com a garota? Assenti com a cabeça e ele riu. — Se é pelo bem das suas filhas, não seria melhor arriscar e deixar claro as coisas com ela? — Talvez, mas Daphne vai surtar se eu ir contra a sua vontade! — Estamos falando da sua vida e das suas filhas! Ela não tem que se intrometer! — Não conhece a dona Daphne? — Sei! Mas a questão é que Isadora e Isabella precisam de você, meu amigo! Elas já não tem a mãe e o pai fica ausente... Theo tem razão, preciso tomar as rédeas da minha vida se quero ser um pai presente. Após o almoço Theo me deixou sozinho em minha sala. Aproveitei esse tempo para relaxar um pouco antes das reuniões da tarde começarem. À medida que o dia avança, também faço algumas chamadas rápidas com parceiros internacionais, sobre novas parcerias estratégicas no mercado europeu. O tempo passa rápido, os desafios são constantes, mas mantenho a minha concentração e determinação. Após a última reunião, fui para a mansão Lawrence. Ao entrar, ouço as gargalhadas das minhas meninas, olhei pela enorme vidraça e estavam no jardim brincando com a tal da Lorena. Nunca vi as minhas filhas tão felizes e a vontade com alguém estranho. — Eu te disse que ela é perfeita para o cargo! — diz meu pai parando ao meu lado. — Nunca vi as minhas filhas tão felizes! — Acredita mesmo que eu indicaria essa moça para ser babá das meninas se não acreditasse que fará bem as minhas netas? Dou de ombros, continuo observando as três brincando e reflito sobre a conversa com meu pai e com Theo.