Felipa
Uma coisa não posso reclamar dessa festa; a comida é incrível. Até já perdi as contas de quantos petiscos de caquinha de siri com camarão que já comi, e eu nem sou tão fã de camarão.
O senhor Escobar logo sequestra meus tios, fico sozinha com Vincent, sentados em cadeiras macias e confortáveis, com ele acariciando minha mão sobre a mesa.
Às vezes algumas pessoas param e conversam conosco, inclusive os pais dele até sentaram um pouco conosco, mas, segundo eles, deixaram os “pombinhos” às sós.
Meio sufocada em meio a tantos ricos, sem ter assunto para conversar com ele e enjoada de tanto comer, decido que preciso andar um pouco, sozinha.
— Amor, eu vou ao banheiro. — Já falo me levantando. Antes que ele diga que vai comigo, completo. — Pode me esperar aqui? Vai ser mais fácil de te achar.
Ele me olha por alguns segundos antes de assentir.
— Está bem. Sabe onde fica? Tem banheiros no térreo.
— Eu encontro. Qualquer coisa o que não falta é funcionário para indicar.
— Ok. Se alguém