Camila narrando :
Enquanto o carro seguia pela estrada, eu tentava manter a respiração firme. A mão do Guilherme ainda entrelaçada na minha me dava uma sensação de segurança que, sinceramente, eu nem sabia que precisava tanto naquele momento.
Olhei pela janela, as árvores passando rápido, o céu limpo, e mesmo com o coração acelerado… eu me sentia em paz. Era estranho. Era como se, no fundo, eu já soubesse que hoje alguma ferida ia fechar. Ou pelo menos, ia começar a cicatrizar.
— Você tá bem mesmo? — ele perguntou de novo, com a voz calma.
Virei o rosto e sorri de leve.
— Tô. De verdade. — dei uma pausa, olhando pra estrada. — É esquisito… tô nervosa, claro. Mas ao mesmo tempo, eu sinto que preciso disso. Preciso saber. Pra entender quem eu sou. Pra fechar um ciclo.
Ele assentiu, apertando minha mão de novo.
— E você não vai passar por isso sozinha. Eu tô aqui. Sempre.
O silêncio voltou pro carro, mas não era um silêncio pesado. Era aquele silêncio que fala mais do que qualquer palavr